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Senadores reclamam de deputados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O dia seguinte à aprovação
da lei eleitoral pelo Congresso foi de reclamação e ressentimento de senadores
contra deputados. Relator da
matéria no Senado, Eduardo
Azeredo (PSDB-MG) pediu
providências da Casa contra
a Câmara, que rejeitou praticamente todas emendas incluídas pelos senadores.
"A direção do Senado tem
que se pronunciar. Não foi
bom para a relação das duas
Casas", disse Azeredo. A depender do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), isso não acontecerá.
Os senadores reclamam de
três pontos derrubados pela
Câmara: o que assegurava
eleição direta em caso de cassação de governadores ou
prefeitos, o que coibia uso da
máquina pública em campanhas e o que exigia "reputação ilibada" dos candidatos.
"É lamentável a Câmara
ter optado pelo obscurantismo", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Para o líder do PT, Aloizio
Mercadante (SP), a Câmara
"não incorporou avanços importantes" como a proibição
de ampliação de programas
sociais em ano eleitoral.
"Não há explicação para não
ter sido acatada", disse.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE),
diz que as mudanças favorecem a candidatura de Dilma
Rousseff (PT). "Facilita a vida para ela ter caído a barreira para propaganda oficial".
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