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Conselho de Ética dá fôlego para Renan
Prazo para conclusão dos processos é prorrogado para 15 de
novembro; como a data é feriado, ele pode ganhar mais tempo
Relator do terceiro processo, Jefferson Peres (PDT-AM),
pede prazo maior para o parecer, pois pretende ir até
Alagoas ouvir depoimentos
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Licenciado da presidência do
Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL) ganhou ontem fôlego com o adiamento do prazo
para conclusão dos processos
que pesam contra ele no Conselho de Ética para o dia 15 de
novembro. Como se trata de
um feriado, o novo prazo deverá ser estendido novamente, o
que poderia coincidir com o retorno de Renan à presidência.
Segundo a Secretaria Geral
da Mesa, a volta dele está prevista para 26 de novembro. O
motivo alegado por Renan para
se afastar foi rebater acusações
que usava do poder do cargo para influenciar nos processos.
Na reunião de ontem do conselho, o relator do terceiro processo, Jefferson Peres (PDT-AM), pediu que o prazo para
apresentar seu parecer passasse de 2 para 15 de novembro. O
motivo, segundo ele, é que pretende ir a Alagoas tomar depoimentos. A acusação contra Renan nesse caso é de uso de "laranjas" para comprar rádios.
Peres afirmou que viajará a
Alagoas para ouvir o usineiro
João Lyra. "O depoimento do
senhor João Lyra com certeza é
importante. Ele já mandou comunicar por advogados que
não virá ao conselho. Nem para
depor nem para ser acareado.
Também mandei notificar duas
pessoas arroladas que moram
em Maceió", disse.
Aliado de Renan, o relator do
quarto processo, Almeida Lima
(PMDB-SE), ironizou a imposição de datas para encerrar as
investigações. Questionado se
terminaria neste ano seu parecer, ele rebateu: "Não posso garantir. Entrego meu relatório
daqui a oito dias ou em um ano,
ou em mais. E daí?", afirmou.
A denúncia que Almeida Lima investiga é de que Renan foi
um dos beneficiários de um suposto esquema de desvio de recursos de ministérios chefiados
pelo PMDB.
Há, ainda, o segundo processo, cujo relator João Pedro (PT-AM) decidiu "congelar" o caso
até que a Câmara termine investigação similar sobre o irmão de Renan, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).
Um quinto processo já foi
protocolado na Casa, mas o
presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO),
não indicou o relator. A denúncia é que Renan abusou das
prerrogativas de presidente da
Casa e armou esquema para espionar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).
Ontem, Renan não compareceu à Casa para votar.
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