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Ministério Público de Goiás apura gasto de R$ 44 mil da Assembléia com pizzas
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA
Inquéritos instaurados pela
Polícia Civil e pelo Ministério
Público de Goiás apuram supostas irregularidades na Assembléia Legislativa do Estado
que incluem o gasto de R$ 44
mil com pizzas.
As despesas foram feitas entre 2005 e 2006: com o valor, a
Assembléia conseguiria comprar 28 pizzas por semana (pelo valor médio de R$ 15 cada
uma) durante dois anos.
A polícia também apura se
foram legais despesas de R$
596 mil de 12 funcionários da
Casa com diárias no mesmo período. Os recursos seriam suficientes para pagar para cada
servidor 287 diárias em Brasília
em um hotel de luxo.
Os gastos foram publicados
em um documento interno da
Assembléia, mas chegaram ao
conhecimento da Promotoria,
que começou a apurar o caso
com a Polícia Civil. As supostas
irregularidades incluem ainda
a contratação de uma quantidade de servidores comissionados acima da permitida e aumentos suspeitos na folha de
pagamento, de acordo com a
Polícia Civil e o Ministério Público. Segundo a investigação,
havia 265 comissionados irregulares.
Também é investigado um
contrato sem licitação com
uma empresa de equipamentos
de informática.
O delegado responsável pelo
caso, Celso Ferreira, diz que
ainda não há como apontar culpados, mas afirma que a direção financeira da Casa e o presidente da Assembléia na época,
o deputado Samuel Almeida
(PSDB), podem ser responsabilizados. Ele não foi localizado
pela Folha.
A assessoria da Assembléia
diz que a direção do Legislativo
do Estado apóia as investigações e que tem colaborado fornecendo documentos e provas.
A assessoria afirma ainda que
vai aguardar os resultados das
apurações.
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