São Paulo, sexta-feira, 18 de novembro de 2005 |
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CAMPO MINADO 1 Sem-terra do MLST que pediu proteção a Lula é morto com 18 tiros no PE Um sem-terra que teve uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir proteção contra pistoleiros foi morto com 18 tiros, à luz do dia, 15 meses depois da reunião. Ontem, a mãe de Anílton Martins, morto aos 33, foi ao Planalto mostrar a Lula a foto em que ele aparece abraçado a seu filho. "Acho que agora resolve", disse Maria Martins da Silva, 57, que isenta Lula de culpa. Do lado oposto do presidente na mesa, a mãe mostrou de longe a foto do filho na audiência. O presidente, segundo participantes do encontro, lamentou a morte e disse que o tempo dos trabalhadores não é o do poder constituído, dizendo ser hora de agir. A morte é apenas a mais recente de uma onda de violência que toma conta do "Triângulo da Morte", no agreste pernambucano, e desde setembro de 2003 já registrou 17 assassinatos. A família do sem-terra, ligado ao MLST (Movimento pela Libertação dos Sem Terra), é um exemplo eloqüente: dos cinco filhos de Maria, três foram mortos, um está preso e o outro está escondido, jurado de morte. O chamado "Triângulo da Morte", congrega 26 municípios e, segundo os sem-terra que se reuniram com Lula, virou um entreposto para traficantes de drogas. A audiência de Anílton com Lula foi justamente para denunciar a violência e pedir ajuda. Ele foi assassinado às 17h30, no centro de Itaíba (PE), a 40 metros de uma delegacia. (DA SUCURSAL DE BRASÍLIA) Texto Anterior: Panorâmica - Imprensa: Polícia de Marília pede prisão de jornalista suspeito de "comprar testemunha" Próximo Texto: Campo minado 2: Dois sem-terra são mortos a tiros em MT Índice |
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