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JUDICIÁRIO
Acusação é de estelionato
STJ processa procurador, juiz e desembargador
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O STJ (Superior Tribunal de
Justiça) decidiu abrir processo
criminal motivado por um suposto esquema de desvio de dinheiro
público que envolveria o desembargador Antônio Ivan Athiê, do
Tribunal Regional Federal da 2ª
Região (RJ), o juiz federal do Espírito Santo Macário Ramos Júdice
Neto e o procurador regional da
República Sérgio Leal Pereira.
Eles são acusados de formação
de quadrilha e estelionato no Espírito Santo. O procurador também responderá por exploração
de prestígio. Os advogados Beline
José Salles Ramos, Paulo Roberto
Scalzer e Domingos Salis Araújo
também serão réus da ação penal.
Com a abertura do processo, o
STJ determinou o afastamento
dos três da função. Athiê já havia
sido afastado do cargo em 2004
em razão da abertura de outra
ação penal no STJ, para apurar esquema de fraude na distribuição
de processos no TRF do Rio.
Na denúncia acolhida anteontem pela Corte Especial do STJ, a
Procuradoria diz que os seis acusados promoviam uma "sangria
nos cofres públicos". Conforme a
denúncia, eles criaram empresas
falsas para propor ações tributárias em que os advogados receberiam honorários bilionários e dividiriam a verba com os outros.
Em uma ação, que pedia isenção de imposto sobre alienações
de títulos da dívida da época do
Império, uma decisão do juiz Macário autorizou o pagamento de
honorários de R$ 1,9 bilhão.
Em 2003, o advogado Beline teria constituído cerca de cem empresas para propor as ações. A Folha não localizou os seis acusados.
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