São Paulo, terça-feira, 18 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Sem Abin, sigilo de dados fica comprometido

CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A proibição de que agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) participem da perícia de computadores e documentos apreendidos pela Polícia Federal põe em risco o sigilo de informações de uso exclusivo da Presidência da República e desmoralizam o serviço de inteligência perante seus congêneres no exterior, segundo fontes do Planalto. A decisão do juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, também desafia ato administrativo dos ministros Tarso Genro (Justiça) e Jorge Felix (GSI).
Na semana passada, a Folha revelou que entre o material que a PF encontrou na Superintendência da Abin no Rio de Janeiro e nas residências de servidores da agência há relatórios confidenciais e dados operacionais sobre temas sensíveis, como a exploração mineral no país, controle de fronteiras e espionagem internacional, além de trabalhos voltados ao monitoramento de movimentos sociais e terrorismo no Brasil.
Os arquivos também conteriam nomes de informantes e funcionários de inteligência, inclusive adidos estrangeiros que cooperam com a agência. Se as identidades desses espiões vier a público, é crise diplomática na certa.


Texto Anterior: AGU recorrerá de decisão de barrar Abin em perícia
Próximo Texto: Líder sindical da Abin acusa Lacerda de atuar na Satiagraha
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.