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Sem Abin, sigilo de dados fica comprometido
CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A proibição de que agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)
participem da perícia de
computadores e documentos apreendidos pela
Polícia Federal põe em risco o sigilo de informações
de uso exclusivo da Presidência da República e desmoralizam o serviço de inteligência perante seus
congêneres no exterior,
segundo fontes do Planalto. A decisão do juiz Ali
Mazloum, da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, também desafia ato administrativo dos ministros Tarso Genro (Justiça)
e Jorge Felix (GSI).
Na semana passada, a
Folha revelou que entre o
material que a PF encontrou na Superintendência
da Abin no Rio de Janeiro
e nas residências de servidores da agência há relatórios confidenciais e dados
operacionais sobre temas
sensíveis, como a exploração mineral no país, controle de fronteiras e espionagem internacional,
além de trabalhos voltados
ao monitoramento de movimentos sociais e terrorismo no Brasil.
Os arquivos também
conteriam nomes de informantes e funcionários
de inteligência, inclusive
adidos estrangeiros que
cooperam com a agência.
Se as identidades desses
espiões vier a público, é
crise diplomática na certa.
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