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Em greve de fome, Battisti recebe congressistas e diz ainda ter esperança no STF
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LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com camisa e calça brancas
e mostrando abatimento, o
ex-militante de extrema esquerda italiano Cesare Battisti disse ontem a congressistas
brasileiros que tem "esperanças" de que o STF (Supremo Tribunal Federal) seja contrário a sua extradição.
Battisti está preso em Brasília enquanto aguarda a conclusão do julgamento do STF
sobre o pedido de extradição
feito pelo governo da Itália.
Ontem, o italiano recebeu
no auditório do complexo da
Papuda a visita de cerca de 35
pessoas, parte delas integrantes do movimento pró-Battisti e a outra metade composta
por parlamentares.
A Folha acompanhou o encontro, mas, pelas regras da
penitenciária, era proibido
fazer perguntas diretas a Battisti. Em um auditório abafado, Battisti ouviu manifestações de solidariedade e tirou
fotos ao lado de deputados,
senadores e militantes.
O diretor-geral da Papuda,
Márcio Marquez de Freitas,
disse ontem que o italiano se
mantém em greve de fome
desde a noite de quinta-feira.
Segundo ele, anteontem o ex-militante de extrema esquerda deixou que os médicos o
examinassem e aceitou as recomendações médicas.
"No entanto, hoje [ontem]
ele se negou a fazer o acompanhamento médico", afirmou o diretor da prisão.
De acordo com o senador
José Nery (PSOL-PA), que já
visitou várias vezes o italiano
na Papuda, o estado de Battisti pode ser considerado
"razoável": "Para quem está
fazendo greve de fome, ele até
apresentou boa disposição".
"Insistimos para que Battisti aceite tomar soro, até
porque há a hipótese eventual de que o Supremo decida
ouvi-lo. Ele precisa estar forte", completou o senador
Eduardo Suplicy (PT-SP).
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