São Paulo, quarta-feira, 18 de novembro de 2009

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Em greve de fome, Battisti recebe congressistas e diz ainda ter esperança no STF

> LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com camisa e calça brancas e mostrando abatimento, o ex-militante de extrema esquerda italiano Cesare Battisti disse ontem a congressistas brasileiros que tem "esperanças" de que o STF (Supremo Tribunal Federal) seja contrário a sua extradição.
Battisti está preso em Brasília enquanto aguarda a conclusão do julgamento do STF sobre o pedido de extradição feito pelo governo da Itália.
Ontem, o italiano recebeu no auditório do complexo da Papuda a visita de cerca de 35 pessoas, parte delas integrantes do movimento pró-Battisti e a outra metade composta por parlamentares.
A Folha acompanhou o encontro, mas, pelas regras da penitenciária, era proibido fazer perguntas diretas a Battisti. Em um auditório abafado, Battisti ouviu manifestações de solidariedade e tirou fotos ao lado de deputados, senadores e militantes.
O diretor-geral da Papuda, Márcio Marquez de Freitas, disse ontem que o italiano se mantém em greve de fome desde a noite de quinta-feira. Segundo ele, anteontem o ex-militante de extrema esquerda deixou que os médicos o examinassem e aceitou as recomendações médicas.
"No entanto, hoje [ontem] ele se negou a fazer o acompanhamento médico", afirmou o diretor da prisão.
De acordo com o senador José Nery (PSOL-PA), que já visitou várias vezes o italiano na Papuda, o estado de Battisti pode ser considerado "razoável": "Para quem está fazendo greve de fome, ele até apresentou boa disposição".
"Insistimos para que Battisti aceite tomar soro, até porque há a hipótese eventual de que o Supremo decida ouvi-lo. Ele precisa estar forte", completou o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).


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