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ELEIÇÕES 2006
Ato do PMDB vira festa para Quércia em Ribeirão Preto
ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO
A reunião do PMDB marcada
há um mês para discutir a reestruturação do partido no interior do
Estado acabou se transformando
ontem, em Ribeirão Preto, numa
cerimônia de lançamento extra-oficial da candidatura de Orestes
Quércia ao governo de São Paulo.
O principal assunto da reunião
foi a pesquisa Datafolha divulgada anteontem, que coloca o ex-governador como líder na corrida
ao Palácio dos Bandeirantes.
"Quem está em primeiro nas
pesquisas não pode dizer que é
candidato. Mas nós podemos:
Quércia é o nosso candidato, o
melhor governador que São Paulo já teve", disse o líder do PMDB
na Assembléia, Baleia Rossi.
O clima de festa propiciou o lançamento da candidatura ao Senado do presidente nacional da legenda, Michel Temer. O anúncio
foi feito pelo deputado federal
Marcelo Barbieri (PMDB). "Ele
[Barbieri] estava falando sério. É
uma coisa sempre enaltecedora.
Se vou aceitar ou não, vamos ver.
Vamos estudar", afirmou Temer.
Além de lançar Temer à corrida
ao Senado, Barbieri afirmou que é
"praticamente irreversível" dentro do partido a decisão de lançar
candidato próprio à Presidência
da República. Na reunião, três nomes foram citados: o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e
os governadores Germano Rigotto (RS) e Roberto Requião (PR).
Quércia disse que apoiará quem
o partido escolher, mas repetiu as
restrições a Garotinho. "Não tenho nada contra ele, vou apoiar
quem o partido escolher, mas o
Garotinho não tem história no
PMDB. Precisa haver um nome
de consenso. Se lançarmos uma
candidatura sem a união do partido, não vira. Eu já fui candidato a
presidente exatamente nessas circunstâncias", disse, em referência
à eleição de 1994, quando ficou
em quarto lugar, com 4,4% dos
votos, atrás de Enéas (Prona).
Quércia disse ainda que vai se
reunir hoje com Temer para discutir o cenário político nacional.
Segundo o PMDB, cerca de 400
pessoas participaram da reunião,
realizada na Câmara de Ribeirão,
presidida pelo PMDB.
Apesar do clima festivo, os peemedebistas não pouparam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Quércia, por exemplo, disse que o
Bolsa-Família representa uma
"humilhação", "uma esmola",
apesar de afirmar que o benefício
é necessário atualmente.
Mesmo sem ter o nome citado,
o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também foi
criticado pelas recentes rebeliões
na Febem (Fundação Estadual do
Bem-Estar do Menor).
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