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Berzoini vence 2º turno e é reeleito presidente do PT
Ele comandará partido na eleição municipal de 2008
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do PT, Ricardo
Berzoini, confirmou seu favoritismo e foi reeleito para um novo mandato de dois anos. Suas
principais missões serão comandar o partido nas eleições
do ano que vem e construir
uma alternativa petista à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva
no Planalto em 2010.
Berzoini, até as 20h de ontem, tinha 62% dos votos
(80.380) da eleição direta entre
os filiados do PT, contra 48%
(49.203) de Jilmar Tatto. Brancos e nulos somavam 7.000.
O quórum no segundo turno,
realizado anteontem, deve ficar
em torno de 150 mil votantes,
menos da metade do registrado
no primeiro, no dia 2 -326 mil.
Segundo a direção do partido, a baixa adesão se deve ao fato de não ter havido segundo
turno em muitas disputas estaduais e municipais.
Berzoini, da corrente CNB
(Construindo um Novo Brasil),
sucessora do antigo Campo
Majoritário, era o candidato de
Lula. No ano passado, Berzoini
chegou a se licenciar da presidência do PT por conta da suspeita de envolvimento no escândalo do dossiê contra José
Serra e Geraldo Alckmin.
Ele se diz defensor da tese de
o PT apresentar candidato próprio à sucessão de Lula, mas deverá submeter suas decisões
nesse sentido aos interesses do
Planalto. Antes, no entanto, o
deputado federal Berzoini (SP)
comandará pela primeira vez o
PT em uma eleição municipal,
já que assumiu o cargo em
2005, após o mensalão.
"Mas não adianta a gente se
antecipar. 2010 passa necessariamente por 2008. Para vencer o jogo, é preciso jogar bem
no primeiro tempo", disse Romênio Pereira, secretário de
mobilização do partido.
A posse do presidente e dos
81 novos membros da direção
está marcada para 25 e 26 de janeiro, em Brasília.
Capitais
No balanço regional do PED
(Processo de Eleições Diretas)
do PT, os resultados indicaram
que alguns pré-candidatos a
prefeito largaram na frente na
disputa interna e nas prévias.
Em São Paulo, o grupo da ministra Marta Suplicy (Turismo)
integrou as chapas vitoriosas
nos âmbitos estadual e municipal. "A Marta, na prévia para o
governo do Estado em 2006, teve mais votos do que eu tive
agora em São Paulo. A força dela está acima das correntes",
disse José Américo, presidente
eleito do diretório paulistano e
nome ligado à ministra.
No Paraná, Gleisi Hoffmann,
pré-candidata à Prefeitura de
Curitiba, foi eleita para o comando estadual. A vitória de
Olívio Dutra no Rio Grande do
Sul também deve favorecer o
ex-ministro Miguel Rossetto,
que ambiciona a Prefeitura de
Porto Alegre. "A relação não é
tão direta assim. Os novos diretórios devem abrir agora um
processo de construção das
candidaturas que deve levar em
conta não apenas os resultados
do PED", disse Pereira.
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