|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Promotor investiga se jornal tem controle de portugueses
Diretor diz que "Destak" obedece à lei brasileira
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público do Estado de São Paulo investiga
eventual irregularidade na administração do jornal "Destak",
lançado em julho do ano passado em São Paulo.
A investigação atende a um
pedido da ANJ (Associação Nacional dos Jornais), que levantou a possibilidade de o jornal
ser dirigido por estrangeiros, o
que é proibido pela legislação.
O artigo 222 da Constituição
Federal prevê que ao menos
70% de uma empresa jornalística pertençam a brasileiros natos ou naturalizados há mais de
dez anos. A gestão, diz a lei,
também cabe a brasileiros.
No caso do "Destak", 70% das
ações pertencem ao empresário André Jordan, brasileiro
naturalizado há mais de dez
anos, e 30% são de dois grupos
portugueses.
O que chamou a atenção da
ANJ foi o fato de o conselho de
administração ser dominado
por estrangeiros: são seis portugueses, que moram em Portugal, e um brasileiro.
O "Destak", que alega ter
uma tiragem de 200 mil exemplares, é distribuído de forma
gratuita na cidade de São Paulo.
A publicação não é auditada pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC).
O sócio majoritário, André
Jordan, não integra o conselho
de administração. Os conselheiros portugueses são ligados
aos sócios minoritários: o Cofina, maior grupo de mídia impressa de Portugal, e o Metro
News, que lançou o "Destak"
em Lisboa.
A eventual ilegalidade será
apurada pelo promotor de Cidadania Túlio Tadeu Tavares.
O diretor editorial do "Destak", Fábio Santos, disse que só
se pronunciará sobre o caso
após prestar esclarecimentos
ao promotor. Disse, porém, que
o jornal "foi constituído e opera
no cumprimento rigoroso da
lei e da Constituição do país".
Texto Anterior: Garimpo ilegal: Incra diz que lavrador não é dono de área Próximo Texto: Toda Mídia Índice
|