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NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br
"Obama-Stock"
A cobertura da posse de Barack Obama, já iniciada ontem, é "mais vasta e complexa que nunca", falou a CNN à "Variety". "Temos que acertar", diz a MSNBC, argumentando ser a transmissão que define o ano. Os canais de notícias e as redes anunciam transmissão contínua para amanhã. E outros correm atrás. A HBO começou ontem, no Lincoln Memorial, com o show que o Huffington Post apelidou de Obama-Stock, com direito ao hino liberal de Woody Guthrie, "This Land Is Your Land"; o Disney transmite show apresentado pela primeira-dama, hoje; a MTV comprou os direitos do "baile jovem" oficial.
Na imprensa, noticia a Bloomberg, "Washington Post", "New York Times" e outros ampliam tiragem e o preço de capa, para amanhã e depois, e já preparam a venda on-line para os colecionadores.
O PRIMEIRO
newyorker.com
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Sites de mídia adiantaram ontem a capa da "New Yorker", que chega hoje às bancas nos EUA com retrato feito por Drew Friedman, intitulado "The First", o primeiro. A revista foi criticada, até pela campanha democrata, por capa anterior que mostrava Barack e Michelle Obama como um casal de extremistas
15 CAPAS
time.com
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O mercado de revistas está em queda nos EUA, informa o "NYT". "Newsweek" e "U.S. News" optaram por nichos de mercado para sobreviver. "Sobrou uma", a "Time", ainda com tiragem superior a três milhões. Na edição desta semana, pela 15ª vez desde a campanha, Obama na capa
O PIOR EMPREGO
theonion.com
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Colunista liberal do "New York Times", Frank Rich relata sua juventude na racista Washington dos anos 60 para concluir que a capa "mais exata" da vitória de Obama saiu na satírica "The Onion", com o enunciado "Negro recebe o pior emprego da nação". O desastre deixado por Bush "é enorme, maior que Washington, maior que raça". E é "espantoso que o povo americano tenha confiado a tarefa a um jovem negro que apareceu quando mais precisávamos dele".
TODA A SORTE
Nouriel Roubini, "Mr. Doom", senhor apocalipse, o hoje célebre economista que previu a crise financeira e sua amplitude, assinou texto com outros economistas em seu blog e no tablóide "New York Post", aconselhando Obama a dar prioridade imediata ao sistema bancário. "Algumas das nossas maiores instituições estão falidas ou quase." Quanto ao pacote de estímulo, "não é má idéia, mas não espere muito". Para encerrar, "toda a sorte".
OUTRA AUDIÊNCIA
Obama, nas entrevistas em série para jornais e emissoras dos EUA, resolveu falar com a América Latina via Univision, como já fez na campanha,
informa o site Politico.
E o britânico "Observer" destaca que, em "mudança cultural", a rede em espanhol já lidera a audiência nos EUA, no horário nobre de quarta e sexta-feira, à frente das redes em inglês -com telenovelas colombianas, mas também jornalismo de qualidade.
SLIM LÁ
O "Wall Street Journal" deu na manchete on-line que o "NYT", em dificuldades, está negociando com o bilionário das telecomunicações do México, Carlos Slim, dono da Net no Brasil, para elevar sua participação no jornal.
Segundo o "WSJ", o jornal de Nova York carrega US$ 1,1 bilhão em dívidas e US$ 46 milhões em caixa. Rupert Murdoch, proprietário do "WSJ", já disse que gostaria de comprar o "NYT".
BRASIL & OBAMA
Do espanhol "El País" à Reuters e por aqui, no fim de semana, Lula defendeu junto com o venezuelano Hugo Chávez uma "nova relação" da América Latina com os EUA de Barack Obama -com quem ele gostaria de falar antes que o "aparato do Estado" o devore.
E ontem no "Miami Herald" o colunista mais voltado à América Latina, Andres Oppenheimer, arriscou que a "prioridade de Obama na região é assinar um acordo de cooperação energética que reduziria a dependência dos EUA do petróleo, reforçaria as relações com o Brasil e
diminuiria a influência da Venezuela".
BEM-ME-QUER
O site da Americas Society,
instituição de "lobby" para as
relações entre EUA e América
Latina, mal cita o Brasil em
suas "grandes expectativas"
para o governo Obama. E se
concentra no esforço de mídia
da Colômbia, a começar de
seu atual ministro da Defesa
-e eventual presidenciável-
Juan Manuel Santos, para que
aprove o dinheiro e mantenha
o "Plano Colômbia".
MALMEQUER
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, para a
surpresa do Radar On-line, da
"Veja", deu entrevista ao "El País" e disse que "já passou
do tempo em que a América
Latina precisava dos EUA".
No título do jornal espanhol,
sexta, "Latinoamérica ya no
necesita ayuda de EE UU".
Mas a nomeação de Hillary
Clinton como secretária de
Estado "foi positiva".
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