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Caso Celso Daniel completa sete anos sem punições
Oito pessoas foram denunciadas pelo assassinato
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Há exatos sete anos, a localização do corpo do prefeito de
Santo André, Celso Daniel
(PT), jogado em uma estrada de
terra, em Juquitiba (SP), com
marcas de tortura e alvejado
por oito tiros, foi o desfecho de
dois dias de sequestro. Na Justiça, a punição de seus supostos
algozes ainda está longe do fim.
Apesar de a denúncia, que é a
acusação formal feita pelo Ministério Público ao Judiciário,
ter sido apresentada em junho
de 2002, até agora a Justiça de
Itapecerica da Serra (Grande
São Paulo), que ficou encarregada de julgar o homicídio, está
parada na fase de oitiva de testemunhas de defesa.
Oito pessoas foram denunciadas pelo Gaeco de Santo André, grupo especial de investigação do Ministério Público do
Estado de São Paulo, pelo assassinato do prefeito. Uma delas era um amigo e ex-segurança de Celso Daniel, o empresário Sérgio Gomes da Silva, que
estava com o petista no dia em
que ele foi sequestrado.
Celso Daniel e Gomes da Silva haviam jantado em um restaurante em São Paulo e voltavam para Santo André em uma
Pajero blindada, conduzida pelo ex-segurança. No caminho, o
carro foi interceptado e o prefeito foi levado por sete homens armados.
Para o Ministério Público, o
sequestro foi simulado pelo
empresário, que encomendou a
morte do amigo. Gomes da Silva, que responde em liberdade,
nega com veemência e afirma
também ter sido vítima.
Ao final das oitivas de todas
as testemunhas de defesa dos
oito denunciados pelo homicídio, a Justiça deverá fazer a
pronúncia do caso, ou seja, se
reconhecer como provada a
existência do crime e de indícios suficientes de serem os
réus os autores, irá submeter o
processo ao julgamento final
no tribunal do júri. Caso contrário, o Judiciário poderá arquivar o processo.
Em 2006, familiares de Celso
Daniel saíram do Brasil e buscaram asilo na Europa. Disseram que vinham sendo vítimas
de constantes ameaças de morte por insistirem na resolução
do crime.
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