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Senado decide aguardar fim do inquérito da PF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As acusações de suposto envolvimento do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com os grampos telefônicos da Bahia não deverão ser
apuradas pelo Senado até a
conclusão do inquérito da Polícia Federal, a não ser que surja
um fato novo no caso.
Essa foi a decisão tomada ontem pelo bloco de apoio ao governo (PT, PSB, PTB e PL) e já
era a tendência do PMDB e do
PSDB, além do próprio PFL. A
posição da Casa é aguardar as
conclusões da PF e do MP para,
depois, apoiar ou não a apuração pelo Conselho de Ética.
O bloco aprovou requerimento propondo ao conselho
que "promova o acompanhamento das apurações dos fatos". "Não está descartada a investigação no Conselho de Ética. Vamos aguardar o inquérito", disse o líder do governo,
Aloizio Mercadante (PT-SP).
Em reuniões do bloco, Mercadante e o líder da bancada,
Tião Viana (PT-AC), argumentaram que a PF está sendo rigorosa na apuração e que uma
CPI ou uma investigação no
conselho prejudicariam a tramitação das reformas. Heloísa
Helena (PT-AL) defendeu que
o conselho já fizesse "diligências" e cobrou coerência do PT.
ACM tem sido aconselhado
por pefelistas e amigos a sair de
cena temporariamente. Formalmente, a cúpula do PFL
mantém a solidariedade a ele.
O deputado Raul Jungmann,
ex-ministro do governo FHC,
se uniu a dois expoentes da ala
radical petista, os deputados
Babá (PA) e Lindberg Farias
(RJ), para iniciar a coleta para a
CPI. O primeiro a assinar foi o
líder da bancada do PT na Câmara, Nelson Pellegrino (BA),
uma das vítimas do grampo.
No início da noite, Jungmann
disse já ter 81 assinaturas. Para
requerer a abertura à Mesa, são
necessárias 171 assinaturas, um
terço da Câmara.
O procurador da Câmara,
Luiz Antonio Fleury (PTB-SP)
apresentou a João Paulo relatório de sua visita à Bahia para
acompanhar as investigações.
Ele disse que a Procuradoria da
Casa já tem pronta modelo de
ação cível por danos morais
contra o governo da Bahia caso
os deputados atingidos pelo
grampo queiram a assessoria
jurídica da Câmara.
(RU)
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