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SÃO PAULO
Serra afirma que ainda é cedo para definir o quadro eleitoral
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Num momento em que os
alckmistas estimulam a precipitação da candidatura
própria do PSDB para a prefeitura, o governador José
Serra, disse ontem que "ainda é muito cedo para tirar
conclusão sobre o que vai de
fato acontecer [na eleição]".
Em conversas, ao comentar a última pesquisa Datafolha, o ex-governador Geraldo
Alckmin teria dito que a candidatura já não é sua. Mas do
partido. Para o deputado federal Sílvio Torres, com a
pesquisa, "dificilmente, o
PSDB abriria mão da cabeça
de chapa". Mas, chamando
de "plausíveis" os números
da pesquisa -Alckmin conta
com 29% das intenções de
voto contra 12% do prefeito
Gilberto Kassab (DEM)-,
Serra afirmou que "há muitas semanas pela frente".
Serra repetiu o que o próprio Kassab dissera, horas
antes, na chegada à primeira
reunião da associação comercial de São Paulo deste
ano. Enquanto esperava por
Serra, Kassab alegou que a
preocupação do paulistano
hoje não é eleitoral.
"O quadro eleitoral não está colocado. As convenções
acontecem em junho", argumentou Kassab. Sentado ao
lado de Serra, Kassab elogiou
a associação pela "feliz idéia"
de convidar Serra para a
abertura da plenária. Já Serra citou seis exemplos de
parceria com Kassab.
Na palestra, Serra fez afirmações sob medida para o
deputado e desafeto político
Ciro Gomes (PSB-CE). Ao
condenar o patrimonialismo
político -que classificou de
"usar o Estado em benefício
próprio, de um partido, de
um grupo"-, afirmou que a
expressão é equivocadamente utilizada.
À Folha Ciro acusou os governos Lula e FHC de se acomodarem no patrimonialismo, prática que descreveu como "o excesso de concessões e da frouxidão moral a
pretexto da sustentação no
Congresso". À saída, Serra
disse que não tinha lido à entrevista, na qual Ciro o chamou de homem de valor.
Mas sem escrúpulos. Disse
que "tem gente que usa muito errado [a expressão], mas
é chato personalizar".
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