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Presidente da
Câmara critica
decisão do STJ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), aproveitou a polêmica
entre a OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) e o
STJ (Superior Tribunal de
Justiça) para atacar o Poder Judiciário e devolver
as freqüentes críticas à
instituição que comanda.
Chinaglia se disse "surpreso" com a decisão do
STJ de devolver a lista dos
indicados pela OAB para
ocupar uma vaga de ministro: "Se a Constituição diz
que a OAB pode indicar,
quem não concorda com
isso tem que mudar a
Constituição. Ou se muda
a lei, ou o Judiciário
aprende a cumprir a lei",
disse, em evento na OAB.
A OAB tem o direito
constitucional de indicar
lista sêxtupla para preencher vaga no STJ, que escolhe três dos nomes e os
encaminha ao presidente.
"Se [tem dito] que o Congresso não legisla, então o
TSE legisla, o STF legisla.
Caberia o caminho inverso, dado que o TSE não julga e o STF também não
faz? Poderíamos nós tentar fazer Justiça com as
próprias mãos?", disse.
Para Chinaglia, "essa ingerência entre os poderes"
ameaça a democracia. "Ou
combatemos [isso], ou estamos fazendo uma democracia pela metade." Chinaglia disse que enxerga
"briga política" na recusa
do STJ em analisar a lista
da OAB. O STJ não se pronunciou. A presidente do
STF, Ellen Gracie, não
quis comentar as críticas.
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