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Maioria diz
que irá votar
pela cassação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Antes mesmo da abertura dos processos de impeachment contra José
Roberto Arruda (sem partido) na Câmara do DF, a
maioria dos 24 deputados
demonstrava a intenção
de votar pela cassação do
governador afastado.
Enquete feita pela Folha entre terça e ontem revela que para ao menos 13
deputados existem provas
para cassar Arruda. Para o
impeachment, são necessários 16 dos votos -ou
dois terços.
Foi perguntado se as
evidências mostradas pela
PF (como os vídeos de Arruda recebendo dinheiro)
poderiam levar à cassação.
Fora os 13 que responderam "sim", 7 se abstiveram
e 2 disseram que "não".
Quanto ao governador
interino, Paulo Octávio,
também sob risco de ser
cassado, foi perguntado se
ele tinha apoio na Casa para se manter no cargo. Dos
21 deputados ouvidos, 11
disseram que "não".
Sete não responderam à
questão -alguns aliados
ficaram em cima do muro
dizendo que aguardariam,
na expectativa de que a situação de Otávio pudesse
melhorar. Apenas três disseram que ele teria apoio.
Uma terceira pergunta
ainda foi feita: se o próprio
Arruda teria também condições e apoio político para voltar ao governo. Dos
24 distritais, ao menos 17
responderam que "não".
Até mesmo entre os aliados de Arruda, 18 no total,
11 concordaram que não
havia mais essa chance.
Paulo Roriz (DEM), que
deixou a Secretaria de Habitação por orientação do
partido, admite que "fica
difícil" Arruda não renunciar caso continue preso.
"Há 15 dias o apoio era um,
hoje é outro", diz. "Ele se
precipitou. Foi uma loucura", afirma outro aliado,
Benedito Domingos (PP),
sobre a suposta tentativa
de Arruda de subornar
uma das testemunhas. O
governador afastado nega.
No levantamento, 21 deputados foram ouvidos. A
Folha deixou recados para
Leonardo Prudente (sem
partido), Benício Tavares
(PMDB) e Aylton Gomes
(PR), mas eles não ligaram
de volta. Os três são citados na investigação da PF
na Operação Caixa de Pandora.
(FILIPE COUTINHO, RENAN RAMALHO e LUCAS FERRAZ)
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