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Procuradoria gasta R$ 3,5 mi na compra de 70 carros, e Abin adquire 204 por R$ 9 mi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Nem todos os órgãos públicos optam pelo aluguel de carros. A PGR (Procuradoria Geral
da República), por exemplo,
prefere comprá-los. No final do
ano passado, a Procuradoria
substituiu sua frota, que tinha
apenas dois anos, por carros
novos para os 70 procuradores.
A um custo de R$ 3,465 milhões, comprou 70 Peugeot 307
Sedan a R$ 49,5 mil cada um.
Os Fiat Marea de 2005 que
serviam aos procuradores de
Brasília foram enviados ao Ministério Público Federal nos
Estados, segundo o órgão.
A Câmara também renovou a
frota. Desembolsou no final do
ano passado R$ 648.705 para a
compra de 11 carros de luxo que
substituíram os veículos que
atendiam ao presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e
a mais nove deputados que
ocupam cargos de direção na
Casa -além do secretário-geral
e do diretor da Câmara.
Desde janeiro, Arlindo Chinaglia passou a circular em um
Chevrolet Omega australiano
no valor de R$ 145 mil. Há ainda seis Ford Fusion, por R$
73.900, e quatro Kia Cerato, ao
custo de R$ 51.290 cada um.
A Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) fez a maior compra entre os órgãos públicos e
de sua história neste ano. Foram 204 novos veículos, ao custo de R$ 9 milhões, para atender a agência em todo o país.
O TCU (Tribunal de Contas
da União) comprou, no final de
2007, dois novos carros para
atender ao presidente e ao vice-presidente do órgão. Escolheu
o Omega, ao custo de R$ 145
mil. Em março de 2007, o órgão
também comprou oito Renault
Megane por R$ 63 mil cada um.
Outro lado
A assessoria da Procuradoria
explicou que a licitação que resultou na compra dos Peugeot
foi feita para atender aos Estados, mas os carros novos ficaram com os procuradores de
Brasília porque no pregão a
vencedora foi a Peugeot e se
avaliou que em alguns Estados
haveria dificuldades para encontrar peças da montadora
francesa. Por isso os Marea
"usados" é que foram enviados
para os Estados. "Foi uma decisão administrativa", afirmou a
assessoria da Procuradoria.
A Câmara disse que fez economia com a troca da sua frota
(sete carros Omega ano 1998 e
quatro Fiat Tempra 1996). Os
veículos serão leiloados.
O TCU disse que o vice-presidente não tinha carro de representação e que o veículo que
servia ao presidente era de
2000 e tinha manutenção freqüente. Os Megane substituíram os Vectra que atendiam
aos ministros desde 1997.
A Abin afirmou que renovou
sua frota com mais de 20 anos.
Com exceção da Abin, os veículos da Câmara, TCU e Procuradoria são identificados com
placas oficiais.
(AM e LM)
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