São Paulo, sexta-feira, 19 de março de 2010

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Ciro diz ser aliado, mas cita cutucadas de petistas

Deputado do PSB afirma que sinceridade não é defeito

DA REPORTAGEM LOCAL

O deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes afirmou ontem à noite, pouco antes de iniciar sua participação num debate com estudantes de direito da USP, que "não conhece divergência do PT com o PSB em lugar nenhum".
Apesar de ignorar o apelo do PT-SP para que ele se retrate por ter dito, à Folha, que o partido no Estado é um desastre, Ciro tentou amenizar ruídos.
"O que eu falei eu repito (...) A eficiência medíocre do PSDB se afirma na situação desastrada que vive o PT. Não são as administrações [do PT], é o que aconteceu, justa ou injustamente. Eu não comemoro isso. Aconteceu um desastre no PT de São Paulo, aí eu fui dizendo os nomes: olha o que aconteceu com o José Dirceu, com a Marta, com o Mercadante, com o João Paulo. (...) De uma parte deles eu sou até testemunha em juízo. Portanto, sou aliado. Agora, vão fazer de conta que não aconteceu?", indagou.
Na entrevista à Folha publicada segunda-feira, ele disse que o PT paulista vive uma crise de confiabilidade e credibilidade por conta do suposto envolvimento de seus quadros em escândalos, como o mensalão.
Ontem, disse que petistas o "cutucaram" no passado e nunca se retrataram. Portanto, "o PT não precisa ficar magoado". "Poderemos estar chegando num tempo em que ser sincero é um defeito", disse.
O deputado reiterou querer disputar a Presidência e que só desistirá a pedido do PSB. "Aí nenhum brasileiro poderá dizer: "Ele desistiu, bastou o Lula botar ele no canto da parede e dar uma alisadinha e ele se entregou". Comigo, não." (MD)


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