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REFORMA ADMINISTRATIVA
Com FHC em viagem ao Canadá, votação de emenda não deve ser concluída na próxima semana
ACM quer teto de R$ 8 mil para senadores
e da Sucursal de Brasília
O presidente
do Congresso,
senador Antonio Carlos Magalhães, disse
que vai lutar para os senadores
continuarem recebendo salário de R$ 8.000.
``Defendo o teto do Supremo
(R$ 12.720) como parâmetro, mas
acho que os senadores devem continuar recebendo R$ 8.000 por
mês.''
A discussão do teto para deputados, senadores e demais cargos
transitórios vem bloqueando uma
definição para a votação da reforma administrativa.
A reforma deve ficar em banho-maria na próxima semana. Os
líderes governistas vão tentar votar os destaques menos polêmicos,
mas não têm garantidos votos necessários para os pontos considerados fundamentais.
Com o presidente FHC em viagem ao Canadá e o ministro das
Comunicações, Sérgio Motta -o
articulador político informal do
governo-, em Paris, será difícil o
entendimento para concluir o primeiro turno da votação.
``A ausência do presidente e a indefinição no ministério vão desacelerar o ritmo das votações'', afirmou o líder do PMDB, Geddel
Vieira Lima (BA). O partido está
negociando com o presidente a
nomeação dos ministros dos
Transportes e da Justiça.
Os líderes governistas têm reunião terça-feira para definir o que
será votado nesta semana. ``Uns
dois ou três destaques'', segundo
Aécio. Entre os destaques não estará o que mantém a estabilidade dos
servidores, apresentado pela oposição. Para derrubar o destaque, o
governo precisa de 308 votos.
Discussão
``Não vamos votar a todo custo'', afirmou o líder do PSDB, Aécio Neves (MG), que nesta semana
se desentendeu com o líder do
PFL, Inocêncio Oliveira (PE).
Os dois trocaram ofensas e
ameaçaram partir para o confronto físico.
ACM chegou a dizer que Inocêncio ``exagerou'' no episódio.
``Eu acho que o Inocêncio está
certo, mas ele não tem o direito de
exagerar na linguagem'', disse
ACM, após participar, no Palácio
de Ondina (residência oficial do
governo baiano), da assinatura de
um protocolo para a implantação
de uma refinaria na Bahia.
Anteontem, Inocêncio Oliveira
se referiu ao líder tucano como
``moleque''. Em resposta, Aécio
Neves disse que estava pronto para
resolver o impasse em outro campo, fora do debate de idéias.
``Isso é um arrufo (ressentimento passageiro) e não briga'', disse
ACM. ``Essa discussão não atrapalha em nada a votação da reforma
administrativa'', afirmou.
Segundo Aécio, a briga está ``sepultada''. No centro da disputa está o interesse do PSDB pela liderança do governo, vaga ocupada
atualmente pelo deputado pefelista Benito Gama (BA).
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