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PSDB desiste de concorrer em Fortaleza e deve apoiar o PDT
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Com a desistência do único
tucano disposto a ser candidato
a prefeito de Fortaleza, o PSDB
poderá não entrar, pela segunda vez desde sua fundação, em
1988, com um nome próprio na
disputa pela administração da
capital cearense.
O secretário da Justiça do Estado, Marcos Cals (PSDB),
anunciou nesta semana sua desistência de disputar a eleição.
"Sempre disse que ia avaliar se
devia ou não manter meu nome. Nessa reflexão, percebemos que não era momento de
segurar uma candidatura própria pelo partido", afirmou.
Mais do que um fato do cenário político local, a abdicação à
candidatura própria reflete o
recuo do PSDB no Ceará nos últimos quatro anos, quando deixou de ser hegemônico para
disputar em igualdade de condições com partidos antes bem
mais fracos no Estado, como
PT e PSB.
O PSDB já nasceu poderoso
no Ceará, sob a liderança do então governador Tasso Jereissati. Foram 20 anos de poder, de
1986 a 2006, em que o partido
tinha o governo e a maioria das
prefeituras do interior. Em
2000, os tucanos elegeram 84
prefeitos -45% do total de 184
cidades. Hoje a sigla conta com
60 prefeitos -32% do total.
O partido nunca venceu em
Fortaleza, mas teve candidatos
próprios em três ocasiões. Com
a saída de Cals do cenário, o
PSDB deverá se aliar ao PDT,
que tem como pré-candidata a
senadora Patrícia Saboya. O
apoio ainda não foi oficializado.
Na medida em que o PSDB
diminuiu no Estado, PT e PSB
ampliaram suas atuações. Em
2000, o PT tinha duas prefeituras no Ceará -hoje tem 11. O
PSB passou de 3 a 21 prefeitos.
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