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São Paulo, segunda-feira, 19 de maio de 2003

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Após eleições, título se valorizou

DE NOVA YORK

Quem colocou dinheiro em títulos brasileiros no ano passado vê agora seu investimento ser significativamente valorizado por causa da percepção de está menos arriscado apostar no país.
Essa "percepção" é usualmente traduzida pelo chamado risco-país, índice que tem relação inversa com as flutuações dos preços dos títulos. Dessa forma, queda do risco-país significa aumento do valor dos títulos brasileiros -papéis que representam dívida a ser paga daqui a alguns anos.
Quem comprou títulos do Brasil no ano passado ("O melhor negócio do mundo", disse William Rhodes) vê agora seu investimento ser significativamente valorizado. É o que acontece, por exemplo, com Mohamed El-Erian e a Pimco.
Investir no Brasil estava mais barato em 2002 por causa, sobretudo, da leitura feita fora do país a respeito da eleição presidencial.
Diante da incerteza do que aconteceria com a vitória da oposição, muitos investidores preferiram tirar seu dinheiro do país. Com o aumento da oferta, o preço dos títulos brasileiros caiu significativamente.
É justamente esse "medo" de levar um calote que o risco-país tenta medir. Elaborado pelo banco JP Morgan a partir de uma cesta de títulos, o índice avalia diversos mercados emergentes e é oficialmente chamado de Embi+.
Embora seja feito a partir de critérios determinados tão somente pelo JP Morgan, o risco-país é largamente reconhecido como retrato da avaliação que se tem de determinado país em um momento qualquer.
No ano passado, o índice brasileiro subiu consideravelmente -o que El-Erian definiu, à época, como "deslocamento técnico de mercado". Depois de atingir um pico de 2.443 pontos em setembro, o índice fechou na última sexta-feira em 808 pontos. Parte dos analistas, porém, duvida que tal movimento de queda continuará no curto prazo. (RD)


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