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Líderes festejam e Kassab agradece a Serra
Comando de campanhas de Marta e Alckmin avaliam que pesquisa é decisiva para definição de candidaturas à prefeitura
Na opinião de alckmistas, tucano ganha fôlego contra adeptos de Kassab; petistas acreditam que disputa entre PSDB e DEM ajuda ministra
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
Os comandos das principais
pré-campanhas até agora da
corrida pela Prefeitura de São
Paulo comemoraram os resultados da mais recente pesquisa
Datafolha e avaliaram que ela
será definitiva para a consolidação das candidaturas.
De acordo com a pesquisa,
publicada ontem, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin
(PSDB) continuam tecnicamente empatados na liderança.
A petista tem 30%, o tucano,
29%. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) aparece na terceira
posição, com 15%. A margem de
erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
O prefeito de São Paulo oscilou dois pontos em relação ao
levantamento anterior-realizado nos dias 25 e 26 de março- quando apareceu com
13%. Marta e Alckmin oscilaram um ponto cada, para cima.
Reservadamente, democratas e tucanos avaliam que Alckmin ganhou fôlego para enfraquecer o grupo do PSDB que pretende defender na convenção, em junho, a retirada de sua
candidatura e o apoio a Kassab.
A tese leva em consideração o
fato de o tucano ter praticamente retornado ao mesmo patamar de agosto de 2007, quando liderava a corrida, isolado, com 30% das intenções de voto.
Em contrapartida, o grupo de
Alckmin argumenta que, desde
agosto, Kassab cresceu só cinco
pontos -foi de 10% para os
atuais 15%. Com isso, os alckmistas acreditam que o PSDB,
sobretudo os vereadores do
partido, terão que aderir à campanha do tucano.
Do lado do prefeito, no entanto, os resultados também
foram interpretados como uma
prova de que ele é viável eleitoralmente, pois está crescendo e
tem a menor taxa de reprovação a seu governo.
Para os democratas, as alianças que o prefeito já garantiu
-PMDB, PR e PV- lhe darão
tempo de TV suficiente para
um programa que busque associar sua gestão à candidatura.
No entorno da ministra Marta Suplicy (Turismo), a análise
é que a consolidação das candidaturas de Alckmin e Kassab,
somada ao seu bom desempenho na pesquisa, aumentou as
chances de ir ao segundo turno.
Segundo petistas ouvidos pela Folha, Alckmin e Kassab deverão lutar pela mesma faixa
do eleitorado, o que favorecerá
a ministra Marta, que nesta semana espera fechar sua primeira aliança, provavelmente
com o PDT.
Hoje pela manhã está previsto o anúncio do apoio do PTB a
Alckmin, mas até ontem o
DEM, com ajuda de aliados do
governador José Serra (PSDB),
de quem Kassab era vice, ainda
tentava atrair os petebistas.
Ontem, Kassab mencionou
Serra comentar o resultado da
pesquisa: "Queria dividir o excelente resultado com a equipe
que temos e com o governador
José Serra, que foi o prefeito de
São Paulo".
O prefeito procurou minimizar a terceira posição. "O eleitor não está preocupado com
eleição e eu também [não]".
Por meio de sua assessoria,
Marta disse: "Fico contente e
grata ao povo de São Paulo pela
acolhida e lembrança".
Alckmin também comemorou a liderança na pesquisa:
"Recebo com humildade, mas é
claro que foi bom para nós no
que diz respeito ao primeiro
turno, ao segundo e à rejeição".
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