São Paulo, terça-feira, 19 de maio de 2009

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Jucá e Mercadante são cotados para comandar CPI

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A base governista no Senado e o ministro José Múcio (Relações Institucionais) discutem hoje os nomes para integrar a CPI da Petrobras. O Planalto trabalha para que senadores da base aliada a Lula fiquem com os dois principais postos de comando: presidência e relatoria.
As maiores bancadas decidem quem vai ocupar os cargos, no caso o PT e o PMDB. Normalmente, há um acordo para que a oposição assuma um deles. Os governistas alegam que nesta CPI será difícil ter uma composição deste tipo.
Os nomes para assumir relatoria ou presidência, discutidos ontem, são Romero Jucá, líder do governo, e Aloizio Mercadante, líder do PT. Jucá é um dos peemedebistas que não se empenharam para barrar a criação da CPI na sexta. Ele está descontente com a condução do governo no caso da demissão do seu irmão da Infraero. Apesar do recado dado por ele na semana passada, os governistas dizem que indicá-lo poderia reverter o mal-estar e ele vestiria a camisa do governo.
A proposta de Mercadante era que os líderes da oposição também participassem da CPI. A ideia interessa ao PSDB, cujo líder é Arthur Virgílio. O DEM, no entanto, discordou. "Acho que os líderes têm de dar espaço para os liderados", disse José Agripino (RN), líder do DEM.
Agripino contou que a bancada "ainda está dividida" sobre a CPI. "Por isso preciso discutir com calma quem vai integrá-la." O líder do DEM disse que parte dos senadores gostaria que fosse feita audiência pública com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Na sexta-feira passada, Agripino aceitou a proposta da audiência com Gabrielli antes de se criar a CPI. O acordo chegou a ser fechado numa reunião de líderes em que ele teria representado o PSDB. Os tucanos, porém, desautorizaram Agripino e cobraram a criação da CPI.
Ontem a Mesa Diretora divulgou a distribuição de vagas na CPI. Como determina o regimento, ela é feita pelo critério da proporcionalidade em relação ao tamanho das bancadas -governistas ficaram com oito votos contra três da oposição.
Maior bancada na Casa, o bloco PMDB-PP ficou com três vagas. Além de Jucá, senadores ligados a Renan Calheiros e José Sarney ficarão com as outras: Almeida Lima e Gilvam Borges, respectivamente. Com três vagas também ficará o bloco de PT, PR, PSB, PRB e PC do B. Só a vaga de Mercadante está garantida. Ideli Salvatti (PT) é cotada. Ainda há uma vaga para o PTB e outra para o PDT.
A oposição ficará com três vagas. Segundo o regimento, uma para o PSDB e duas para o DEM. As indicações devem ser feitas até a próxima terça.


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