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Jucá e Mercadante são cotados para comandar CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A base governista no Senado
e o ministro José Múcio (Relações Institucionais) discutem
hoje os nomes para integrar a
CPI da Petrobras. O Planalto
trabalha para que senadores da
base aliada a Lula fiquem com
os dois principais postos de comando: presidência e relatoria.
As maiores bancadas decidem quem vai ocupar os cargos,
no caso o PT e o PMDB. Normalmente, há um acordo para
que a oposição assuma um deles. Os governistas alegam que
nesta CPI será difícil ter uma
composição deste tipo.
Os nomes para assumir relatoria ou presidência, discutidos
ontem, são Romero Jucá, líder
do governo, e Aloizio Mercadante, líder do PT. Jucá é um
dos peemedebistas que não se
empenharam para barrar a
criação da CPI na sexta. Ele está descontente com a condução
do governo no caso da demissão do seu irmão da Infraero.
Apesar do recado dado por ele
na semana passada, os governistas dizem que indicá-lo poderia reverter o mal-estar e ele
vestiria a camisa do governo.
A proposta de Mercadante
era que os líderes da oposição
também participassem da CPI.
A ideia interessa ao PSDB, cujo
líder é Arthur Virgílio. O DEM,
no entanto, discordou. "Acho
que os líderes têm de dar espaço para os liderados", disse José
Agripino (RN), líder do DEM.
Agripino contou que a bancada "ainda está dividida" sobre a
CPI. "Por isso preciso discutir
com calma quem vai integrá-la." O líder do DEM disse que
parte dos senadores gostaria
que fosse feita audiência pública com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
Na sexta-feira passada, Agripino aceitou a proposta da audiência com Gabrielli antes de
se criar a CPI. O acordo chegou
a ser fechado numa reunião de
líderes em que ele teria representado o PSDB. Os tucanos,
porém, desautorizaram Agripino e cobraram a criação da CPI.
Ontem a Mesa Diretora divulgou a distribuição de vagas
na CPI. Como determina o regimento, ela é feita pelo critério
da proporcionalidade em relação ao tamanho das bancadas
-governistas ficaram com oito
votos contra três da oposição.
Maior bancada na Casa, o
bloco PMDB-PP ficou com três
vagas. Além de Jucá, senadores
ligados a Renan Calheiros e José Sarney ficarão com as outras:
Almeida Lima e Gilvam Borges,
respectivamente. Com três vagas também ficará o bloco de
PT, PR, PSB, PRB e PC do B. Só
a vaga de Mercadante está garantida. Ideli Salvatti (PT) é cotada. Ainda há uma vaga para o
PTB e outra para o PDT.
A oposição ficará com três
vagas. Segundo o regimento,
uma para o PSDB e duas para o
DEM. As indicações devem ser
feitas até a próxima terça.
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