|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PRESIDENTE 40/ELEIÇÕES 2010
No CE, Serra elogia Ciro, seu desafeto
De olho nos eleitores do deputado, tucano diz que pessebista é "honesto, batalhador"
As críticas do pré-candidato foram para Dilma; disse, sem citá-la, que "Lula não vai ser presidente" e que "quem for eleito vai ter que governar"
CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A FORTALEZA
Interessado em herdar os
eleitores órfãos de Ciro Gomes
(PSB), o pré-candidato do
PSDB à Presidência, José Serra, elogiou ontem, no Ceará,
seu antigo desafeto.
Em entrevistas a rádios do
Estado, Serra não só chamou
Ciro de "homem honesto, batalhador" como acenou com a
possibilidade de "parceria"
com o governador do Estado e
irmão do deputado, Cid Gomes.
Embora as divergências pessoais com Ciro sejam conhecidas, Serra disse que se restringiam ao campo político.
"Eu pessoalmente não tenho
nada contra a pessoa do Ciro.
Considero-o um homem honesto, batalhador. Tem muito
espírito de luta. Nem sempre a
gente está de acordo sobre o
que fazer", afirmou ele.
Em visita de dois dias pelo
Estado -onde o senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE) costura
um acordo tácito com Cid-,
Serra disse que avaliza a negociação do partido.
"O pessoal toca e me diz o que
é necessário fazer e eu faço. O
que o PSDB e o DEM estabelecerem que é a trajetória eu vou
topar", disse ele, afirmando, depois, que se sentiria constrangido em pedir votos para Cid.
O tucano prometeu que, se
eleito, dará continuidade às
obras reivindicadas por Cid.
Num momento em que a rival Dilma Rousseff esboça reação nas pesquisas, Serra admitiu: "Essa será uma campanha
difícil. Estou otimista, mas será
uma parada. Quando me lanço,
me jogo de corpo e alma".
Num discurso dedicado à juventude do PSDB, Serra pediu
mobilização do partido e um
esforço de comunicação.
Pródigo em elogios a Cid e
Ciro, Serra não poupou Dilma
nem o PT. Ainda que sem citar
seu nomes, Serra lançou, mais
uma vez, dúvidas sobre a competência da ex-ministra. Serra
propôs um confronto entre sua
biografia e a de Dilma ao afirmar que "Lula não vai ser presidente". "Quem for eleito presidente vai ter que governar."
Em almoço promovido pelo
grupo O Povo, Serra acusou o
PT de adotar discurso diferente
da prática ao criticar a terceirização da saúde, mas exercê-la
em prefeituras, como São Bernardo (SP). Problema que, segundo ele, é de "duas caras".
Texto Anterior: Presidente pede alfinete para esvaziar seu ego Próximo Texto: Frase Índice
|