São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

"Major powers"

Na manchete ao longo do dia no "New York Times", "Potências maiores têm acordo sobre sanções ao Irã, dizem EUA". O anúncio da secretária de Estado "veio apenas um dia após iranianos anunciarem o acordo tentativo com Turquia e Brasil".
"NYT" e outros registraram o suposto elogio aos "esforços sinceros" dos dois, mas o "Financial Times" ressaltou que "Clinton ataca acordo Turquia-Brasil" e "só faltou acusar de serem ingênuos internacionais, enganados pelo Irã". Para o jornal, "a crítica foi sinal da tensão entre as potências estabelecidas e aquelas em ascensão no palco mundial".
O primeiro-ministro turco reagiu afirmando que é "hora de discutir se acreditamos na supremacia da lei ou na lei dos supremos e superiores". E por aqui, via G1 e outros, "Aqueles que desprezarem o acordo terão de arcar, afirma Celso Amorim".




CHINA NO MEIO
Antes das sanções, de manhã, a manchete no Brasil era o apoio expresso pela China ao acordo no Irã.
O estatal "China Daily", que havia destacado o acordo no papel, deu depois na home que "Potências maiores concordam sobre resolução para Irã". E por fim avisou que Hillary Clinton viaja amanhã à China para uma "nova rodada de diálogo sobre questões estratégicas e econômicas".
Em análise, o americano "Christian Science Monitor" especulou que o apoio chinês às sanções se deve a várias concessões diplomáticas e econômicas dos EUA.



RÚSSIA COM OS EUA
A "Foreign Policy" postou análise do especialista Daniel W. Drezner, tentando entender o apoio "firme" da Rússia aos EUA, contra o acordo no Irã. Avalia que Moscou pode "genuinamente" não ter se persuadido, mas também que "está tão incomodada quanto Washington com os jovens países pretensiosos, potências em ascensão no mundo, fazendo estragos em sua diplomacia".
Já o Council on Foreign Relations ressalta há dias que o analista Charles A. Kupchan defende na "Foreign Affairs" "Por que a Rússia deve ser admitida na Otan".



O EIXO MUDA?
O "Financial Times" publica que a diplomacia Sul-Sul "vive um teste" com as conversas lideradas por Lula e o turco Erdogan. No título, "Acordo revela eixo mutante no palco internacional". O jornal avalia que, seja qual for seu resultado, "o acordo reflete a nova vontade das potências regionais de se arriscar nos temas em que os diplomatas ocidentais vêm encalhando".
Em perfil, a AP despachou que "A estrela do Brasil de Lula brilha mais forte". E em análise o "Christian Science Monitor" se perguntou, também no enunciado, "Lula agora é menino grande na diplomacia?"

O EIXO DE LULA

aljazeera.net
O canal Al Jazeera entrevistou Lula. E no site, sob o título "O Eixo do Brasil", anotou que vê um "mundo em mutação" com crescente presença "multilateral"

TEMER LÁ
Segundo o site da "Veja", Michel Temer viajou ontem a Nova York para evento na Câmara de Comércio Brasil-EUA. E também, segundo o "Globo", para "palestra sobre O Futuro Político do Brasil" na Americas Society.

"IT IS THE FUTURE"
O site da própria Americas Society destacou seu evento "Brasil: Ele É o Futuro", no centro WTC, em São Paulo, com o embaixador dos EUA, Thomas Shannon, e outros para "analisar o novo papel na região e no mundo".



ASSASSINOS

Julilanne Showalter/Reuters
"Zangão" não tripulado sai do Iraque para nova operação

A Reuters fez "reportagem especial", que o Huffington Post deu na home, sob o título "Como a Casa Branca aprendeu a amar o programa de aviões zangões da CIA", os "drones". Eles realizam as "operações de assassinato" no Afeganistão e no Paquistão. Obama banalizou os assassinatos a ponto de, em piada num jantar público, brincar para ninguém se aproximar de suas filhas: "Tenho duas palavras para vocês: zangões predadores". Novos "drones" já foram levados à África Oriental, para uso no Iêmen e na Somália.



Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br

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