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Governo diz que
R$ 275 gera gasto
extra de R$ 2,1 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O gasto extra do governo
com o aumento do salário mínimo para R$ 275, caso isso
ocorra, deverá ser de R$ 2,1 bilhões em um ano. No total, caso
prevaleça a decisão do Senado,
o governo gastaria quase R$ 5
bilhões para elevar o salário
mínimo de R$ 240 para R$ 275.
Como o mínimo foi corrigido
em maio último, o impacto
neste ano é menor porque seria
verificado só em oito meses.
Os cálculos sobre o aumento
do mínimo levam em conta os
impactos da correção sobre os
benefícios previdenciários, sobre o pagamento do abono das
cotas do PIS/Pasep, sobre o seguro-desemprego e sobre os
benefícios assistenciais da Lei
Orgânica de Assistência Social.
Esses benefícios são pagos a
idosos que não contribuíram
regularmente para a Previdência Social, mas são carentes.
Há também um efeito positivo sobre as receitas da Previdência por causa do aumento
do salário de contribuição.
Descontado esse efeito, porém,
a conta é mais pesada para o lado das despesas previdenciárias. Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a cada um
ponto percentual de reajuste
do mínimo, essas despesas sobem R$ 247 milhões por ano.
A preocupação do governo é
com o déficit da Previdência ao
longo dos anos. O envelhecimento da população aumentará a base de beneficiários e reduzirá a parcela que contribui.
Neste ano, o déficit estimado é
de R$ 29,2 bilhões. Hoje, 16 milhões de pessoas recebem até
um salário mínimo como aposentados, pensionistas e em benefícios assistenciais e outros
4,5 milhões como trabalhadores com carteira assinada.
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