São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004

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CASO SANTO ANDRÉ

Versão é diferente

Juiz disse que destruiu fitas do caso Celso Daniel

DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz federal João Carlos da Rocha Mattos disse ontem que chegou a ter dois conjuntos com as 42 fitas de escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal durante o seqüestro e a morte do prefeito Celso Daniel, em janeiro de 2002, e destruiu um deles.
As gravações foram feitas sem autorização judicial e teriam de ser destruídas, por ordem do próprio Rocha Mattos, por serem consideradas provas ilícitas.
Rocha Mattos depôs ontem em inquérito que averigua se seus procedimentos em relação às fitas foram lícitos. Esse inquérito não está relacionado com a Operação Anaconda, mas derivou dessas investigações. Ele está preso desde 7 de novembro de 2003, sob acusação de integrar grupo que venderia sentenças.
Em depoimento à Justiça em janeiro deste ano, Rocha Mattos apresentou versão diferente. Afirmou que não havia destruído as fitas porque o juiz-corregedor Maurício Porto, do Departamento de Inquéritos Policiais, teria lhe passado um fax informando que ele teria de esperar fax de Brasília para determinar a destruição. Como o fax nunca chegou, ele não destruiu as fitas.
A advogada do juiz, Daniela Regina Pellin, disse que o Ministério Público Federal "está procurando pêlo em ovo" com esse inquérito. (MARIO CESAR CARVALHO)


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