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OUTRO LADO
Partido mostrou garantia líquida, justifica banco
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil informou
ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que as operações de leasing com o PT para a compra de computadores
"por suas características" dispensaram a exigência de fiador.
A dispensa do fiador teria sido inspirada, segundo o banco,
pelo objeto do leasing (os computadores) e a garantia apresentada pelo PT -cotas do
Fundo Partidário (dinheiro público rateado pelos partidos de
acordo com a representação
parlamentar), além da arrecadação de contribuição de filiados. A garantia apresentada
pelo PT foi considerada "altamente líquida", disse o banco.
A Folha não teve acesso à documentação que tramitou internamente no Banco do Brasil
com os pedidos de empréstimo
para a compra de 5.000 conjuntos de computadores, fax, copiadoras e scanners. Segundo a
assessoria de imprensa, a operação teria sido aprovada pelo
comitê de operações, que reúne
diretores do banco. O financiamento, de acordo com a assessoria, não foi chegou ao conselho diretor do banco.
A cláusula que menciona a
existência do fiador como
"principal pagador" e responsável pelo cumprimento das
obrigações contratuais seria
"inócua", afirmou a assessoria.
O advogado Arnaldo Malheiros, que defende o ex-tesoureiro nacional do PT, Delúbio
Soares, procurado ontem pela
manhã pela reportagem, não
foi localizado. O novo tesoureiro nacional do PT, José Pimentel, disse, por meio de sua assessoria, que só vai se pronunciar sobre as finanças do partido após uma reunião do diretório que deve ocorrer hoje em
São Paulo.
(MS e RV)
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