São Paulo, terça-feira, 19 de julho de 2005

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OUTRO LADO

Partido mostrou garantia líquida, justifica banco

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que as operações de leasing com o PT para a compra de computadores "por suas características" dispensaram a exigência de fiador.
A dispensa do fiador teria sido inspirada, segundo o banco, pelo objeto do leasing (os computadores) e a garantia apresentada pelo PT -cotas do Fundo Partidário (dinheiro público rateado pelos partidos de acordo com a representação parlamentar), além da arrecadação de contribuição de filiados. A garantia apresentada pelo PT foi considerada "altamente líquida", disse o banco.
A Folha não teve acesso à documentação que tramitou internamente no Banco do Brasil com os pedidos de empréstimo para a compra de 5.000 conjuntos de computadores, fax, copiadoras e scanners. Segundo a assessoria de imprensa, a operação teria sido aprovada pelo comitê de operações, que reúne diretores do banco. O financiamento, de acordo com a assessoria, não foi chegou ao conselho diretor do banco.
A cláusula que menciona a existência do fiador como "principal pagador" e responsável pelo cumprimento das obrigações contratuais seria "inócua", afirmou a assessoria.
O advogado Arnaldo Malheiros, que defende o ex-tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, procurado ontem pela manhã pela reportagem, não foi localizado. O novo tesoureiro nacional do PT, José Pimentel, disse, por meio de sua assessoria, que só vai se pronunciar sobre as finanças do partido após uma reunião do diretório que deve ocorrer hoje em São Paulo. (MS e RV)


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