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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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Liderança pede apoio à indústria para projeto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A liderança do governo na Câmara se reuniu ontem com empresários para pedir menos críticas e mais apoio à reforma tributária. Os sindicatos patronais da indústria e do comércio têm criticado a reforma, pois afirmam que ela abrirá a possibilidade de aumento de carga tributária.
No encontro, que contou com a presença do líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), os empresários ouviram do governo que sem o apoio do setor privado a reforma não avançará. O relatório da reforma está previsto para ser votado na comissão especial depois de amanhã.
O governo também enfatizou que não fazer a reforma seria pior para a indústria e o comércio. Segundo a Folha apurou, Rebelo pediu que seja feita uma aliança entre governo e empresários.
Na saída da reunião, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), disse que "há uma convergência entre os empresários e o governo sobre os principais conceitos" da reforma. Disse, porém, que é preciso esperar para saber se a reforma atenderá ao pleito do setor privado.
Na reunião, a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) propôs a redução da carga tributária para o setor e a criação de um novo tributo sobre as importações: a Contribuição Social sobre as Importações. O imposto renderia para o governo, segundo a Abimaq, R$ 12,5 bilhões. A renúncia, que isentaria máquinas e equipamentos do pagamento de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e facilitaria o ressarcimento do ICMS, seria de R$ 5,5 bilhões.


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