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ELEIÇÕES 2006 / CRISE DO DOSSIÊ
Campanha tucana pede que TSE casse candidatura de Lula
Tucanos pedem que TSE investigue o presidente; tribunal decidirá se tira o controle da investigação das mãos da PF
PT reage à ação e divulga boletim no qual sugere que
dirigentes do PSDB e do PFL
querem ganhar a eleição
presidencial "no tapetão"
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O candidato à Presidência
Geraldo Alckmin (PSDB) pediu
ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que abra investigação judicial eleitoral contra o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Pede também que, ao final da investigação, casse o registro da candidatura de Lula
ou novo mandato se comprovado o envolvimento dele na tentativa de compra do dossiê contra Alckmin e José Serra.
O pedido de investigação, por
abuso de poder econômico e
político, se estende ao ministro
da Justiça, Márcio Thomaz
Bastos, ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, ao advogado
Gedimar Pereira Passos, ao petista Valdebran Carlos Padilha
e ao ex-assessor Freud Godoy.
Com a eventual instauração
desse processo pelo TSE, a Polícia Federal continuará a apuração, mas perderá o controle
sobre ela, que passará às mãos
do ministro Cesar Asfor Rocha,
corregedor-geral eleitoral. É o
corregedor quem vai decidir se
o TSE vai ou não investigar.
Na representação ao TSE,
Alckmin argumentou que a PF
agiu de forma parcial e deu tratamento privilegiado à candidatura de Lula ao não permitir
imagens do dinheiro apreendido e dos presos. "Se de um lado
a PF deu o mais amplo acesso
ao material havido como comprometedor do candidato ora
recorrente, de outro, contrariando sua prática mais recente, não apresentou ao público o
dinheiro apreendido nem as
pessoas detidas." A investigação poderá esclarecer o grau de
envolvimento de Lula no caso.
O presidente do PFL, Jorge
Bornhausen, disse que seu partido pediu a investigação do
TSE por não ver confiabilidade
no ministro da Justiça, Márcio
Thomaz Bastos. ""Não nos merece confiabilidade o ministro
da Justiça, que é um criminalista a serviço do presidente". O
presidente do PSDB, Tasso Jereissati, também questionou
Bastos: ""É um homem íntegro,
mas está sujeito a pressões
muito fortes, e não sei se conseguirá levar o caso com isenção,
já que trabalha no governo".
O PT divulgou ontem um boletim com o título "Querem ganhar no tapetão?", no qual
questiona a a ação da oposição:
"O que não fica claro é quem, na
opinião dos senadores Jereissati e Bornhausen, deve eleger
o próximo presidente da República: 125 milhões de brasileiros ou um grupo de juízes?"
Colaborou a Sucursal do Rio
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