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Bomba atômica é trocada por renda mínima
DA REPORTAGEM LOCAL
Garantir uma renda mínima
a todas as famílias brasileiras
para que as crianças saiam das
ruas, estudem e comam diariamente o mínimo para manter a
saúde. Soou petista? Pois não é.
A eterna bandeira do PT alcançou o topo do ranking de prioridades do Prona para o Congresso Nacional, segundo os
dirigentes da legenda.
A construção da bomba atômica -"não para lançá-la,
mas para que o país se imponha e rompa com o sistema"-
e a triplicação do efetivo das
Forças Armadas ficaram, por
ora, para trás.
"Reduzir a pobreza e retirar
as crianças das ruas. Essa é a
nossa maior preocupação. Não
importa se a proposta foi desse
ou daquele partido. Precisa haver uma renda mínima, isso
precisa ser feito", disse à Folha
a doutora Havanir.
Como os demais dirigentes
do partido, Havanir anulará
seu voto no dia 27, mas sugere
que seus eleitores escolham um
dos candidatos.
É evocando a inédita bandeira social que o Prona rebate o
rótulo de partido de extrema-direita.
"O que é direita? O que é esquerda? Se ser de direita é ser a
favor do livre comércio, sou de
direita. Mas se ser de esquerda
é ser contra a opressão do povo
e a entrega de nosso patrimônio, sou de esquerda", afirma o
professor Irapuan Teixeira.
"As pessoas dizem isso porque
temos posições firmes e fortes.
Porque o doutor Enéas é uma
pessoa impositiva", continua o
professor.
Impositivo e apocalíptico, o
ex-militar Enéas Carneiro usou
os nove minutos que teve na
TV para repetir à exaustão as
palavras desordem e inimigo,
cujo combate é a base de seu
discurso.
(SC)
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