São Paulo, sábado, 19 de outubro de 2002

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Bomba atômica é trocada por renda mínima

DA REPORTAGEM LOCAL

Garantir uma renda mínima a todas as famílias brasileiras para que as crianças saiam das ruas, estudem e comam diariamente o mínimo para manter a saúde. Soou petista? Pois não é. A eterna bandeira do PT alcançou o topo do ranking de prioridades do Prona para o Congresso Nacional, segundo os dirigentes da legenda.
A construção da bomba atômica -"não para lançá-la, mas para que o país se imponha e rompa com o sistema"- e a triplicação do efetivo das Forças Armadas ficaram, por ora, para trás.
"Reduzir a pobreza e retirar as crianças das ruas. Essa é a nossa maior preocupação. Não importa se a proposta foi desse ou daquele partido. Precisa haver uma renda mínima, isso precisa ser feito", disse à Folha a doutora Havanir.
Como os demais dirigentes do partido, Havanir anulará seu voto no dia 27, mas sugere que seus eleitores escolham um dos candidatos.
É evocando a inédita bandeira social que o Prona rebate o rótulo de partido de extrema-direita.
"O que é direita? O que é esquerda? Se ser de direita é ser a favor do livre comércio, sou de direita. Mas se ser de esquerda é ser contra a opressão do povo e a entrega de nosso patrimônio, sou de esquerda", afirma o professor Irapuan Teixeira. "As pessoas dizem isso porque temos posições firmes e fortes. Porque o doutor Enéas é uma pessoa impositiva", continua o professor.
Impositivo e apocalíptico, o ex-militar Enéas Carneiro usou os nove minutos que teve na TV para repetir à exaustão as palavras desordem e inimigo, cujo combate é a base de seu discurso. (SC)



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