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CURITIBA
No dia da visita, muros amanheceram pichados com críticas a Lula; local foi limpo à noite
Presidente faz visita de apoio a candidato petista no Paraná
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva deve gravar hoje cedo depoimento de apoio ao candidato do
PT à Prefeitura de Curitiba, Ângelo Vanhoni. A gravação estava
marcada para ontem à noite, mas
foi adiada porque Lula, depois de
passar o dia cumprindo agenda
oficial na cidade, estava cansado,
segundo seus assessores.
A viagem do presidente à cidade
causou a reação de anônimos. As
paredes do prédio da Superintendência Regional do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e do
teatro da CEF (Caixa Econômica
Federal) amanheceram pichadas
com as frases "Lula ladrão", "Lula
invasão" e "Lula KD [cadê] os 10
milhões de empregos".
Ninguém assumiu o protesto.
Os prédios pichados são vizinhos
da sede da Associação Comercial
do Paraná -no início do calçadão da rua 15 de Novembro-,
onde o presidente terminou a
programação oficial na cidade, no
início da noite, com uma palestra
sobre economia e política no seu
governo. Alguns muros do caminho que o presidente percorreu
também foram pichados.
À noite, no entanto, os muros
foram pintados e as frases, apagadas. Segundo a Agência Folha
apurou, os militantes do PT municipal "limparam" as pichações.
Não foi possível apurar se o presidente viu ou foi informado das
pichações. Em toda a programação, ele não deu entrevistas.
PT versus PSDB
Curitiba vive a disputa de segundo turno a prefeito entre o
candidato petista e o tucano Beto
Richa. A gravação de apoio a Vanhoni seria realizada hoje, no hotel Bourbon, onde o presidente se
hospedou. Ele voltaria a Brasília
ainda na manhã de hoje, após a
gravar o programa eleitoral.
Lula desembarcou no aeroporto
de São José dos Pinhais -que
atende a Curitiba- por volta das
12h30 e seguiu direto para um almoço na granja do Cangüiri , residência oficial do governador Roberto Requião (PMDB), em Piraquara, na região metropolitana.
A mesa do presidente - foi servido barreado, um prato típico do
litoral do Paraná- foi dividida
por Vanhoni, o diretor-geral da
Itaipu, Jorge Samek, Requião e o
vice-governador, Orlando Pessuti. Ao entrar, o candidato do PT
disse que o assunto do almoço
não seria eleição, o que foi confirmado por outros participantes.
Programado para 40 convidados, o almoço na granja reuniu 60
pessoas. Prefeitos da região, deputados, secretários e integrantes
da equipe de campanha de Vanhoni integravam o grupo.
Segundo um participante do almoço, Lula chegou a experimentar um copinho de cachaça de banana, produzida em Morretes (cidade do litoral do Estado), oferecida por Requião. O presidente
também se encontrou com a neta
Maria Beatriz, 9, filha de Lurian,
que viajou com o pai de Florianópolis para ver o avô.
Nenhum ministro acompanhou Lula. À tarde, Lula inaugurou um prédio vazio do Lacen
(Laboratório Central do Estado),
que só começará a funcionar em
São José dos Pinhais dentro de
seis meses. O ministro Humberto
Costa (Saúde) não pôde ir, mas
mandou um representante.
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