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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Alckmin promete reduzir Imposto de Renda
Presidenciável tucano afirma que vai cortar gastos para poder reduzir impostos e minimiza desvantagem em pesquisa
"O que está acontecendo no Brasil não é normal. Não
é normal. A gente acaba perdendo um pouco da capacidade de se indignar"
DA REDAÇÃO
Em entrevista ontem à Rede
TV, Geraldo Alckmin declarou
que vai reduzir o Imposto de
Renda: "Em relação à questão
do crescimento da economia, o
que nós temos de fazer é cortar
gastos. Se não cortar gastos,
não tem como cortar impostos.
Eu vou primeiro cortar gastos,
para poder cortar o tributo. Já
fiz isso como governador. Reduzi impostos de 200 produtos.
Imposto de Renda: vou reduzir.
Compromisso assumido".
O tucano afirmou que o desafio do Brasil é gerar emprego e
renda. Ele disse que Lula aumentou os gastos e os impostos
e manteve os juros e o câmbio
valorizados, o que fez do Brasil
o país emergente que menos
cresceu: "Eu vou fazer uma outra receita: reduzir gastos do
governo, baixar juros, câmbio
mais competitivo para o Brasil
crescer". Ele declarou que o
Brasil pode crescer 6% ao ano.
"Para mim, a agenda vai ser a
agenda do crescimento: emprego, emprego, emprego".
Na entrevista, Alckmin minimizou o resultado da pesquisa
do Datafolha: "A pesquisa de
hoje é diferente da ontem e vai
se diferente da de amanhã". Ele
afirmou que acredita estar apenas oito ou nove pontos percentuais atrás de Lula, e não 19
pontos: "Basta virar quatro ou
cinco por cento dos votos".
Ele culpou Lula pela crise na
segurança, afirmando que este
é um problema nacional: "Se é
um problema do país, é um problema do presidente". Disse
que falta policiamento de fronteira: "É preciso combater o
tráfico de drogas. Vou colocar o
Exército, Marinha e Aeronáutica e Polícia Federal para reforçar o policiamento de fronteira
e combater o tráfico de drogas".
Ele disse que nossa lei é muito dura para os criminosos leves e muito branda para os líderes do crime organizado. Na seqüência, ele criticou os criminosos de colarinho branco e
afirmou que, 33 dias depois,
ninguém diz de onde veio o dinheiro que os petistas usariam
para comprar o dossiê contra
os tucanos: "O presidente Lula
e o PT devem satisfação à nação. Porque eles sabem de onde
veio, mas não falam, porque a
verdade deve ser pior ainda do
que eles estão escondendo".
Ele enfatizou que a questão
ética não é secundária, mas um
problema substantivo, porque
envolve os princípios: "O que
está acontecendo no Brasil não
é normal. Não é normal. A gente acaba perdendo um pouco da
capacidade de se indignar. O
mensalão é coisa gravíssima. É
o Executivo comprar o Legislativo, subjugar um outro poder".
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