São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Alckmin promete reduzir Imposto de Renda

Presidenciável tucano afirma que vai cortar gastos para poder reduzir impostos e minimiza desvantagem em pesquisa

"O que está acontecendo no Brasil não é normal. Não é normal. A gente acaba perdendo um pouco da capacidade de se indignar"


DA REDAÇÃO

Em entrevista ontem à Rede TV, Geraldo Alckmin declarou que vai reduzir o Imposto de Renda: "Em relação à questão do crescimento da economia, o que nós temos de fazer é cortar gastos. Se não cortar gastos, não tem como cortar impostos. Eu vou primeiro cortar gastos, para poder cortar o tributo. Já fiz isso como governador. Reduzi impostos de 200 produtos. Imposto de Renda: vou reduzir. Compromisso assumido".
O tucano afirmou que o desafio do Brasil é gerar emprego e renda. Ele disse que Lula aumentou os gastos e os impostos e manteve os juros e o câmbio valorizados, o que fez do Brasil o país emergente que menos cresceu: "Eu vou fazer uma outra receita: reduzir gastos do governo, baixar juros, câmbio mais competitivo para o Brasil crescer". Ele declarou que o Brasil pode crescer 6% ao ano. "Para mim, a agenda vai ser a agenda do crescimento: emprego, emprego, emprego".
Na entrevista, Alckmin minimizou o resultado da pesquisa do Datafolha: "A pesquisa de hoje é diferente da ontem e vai se diferente da de amanhã". Ele afirmou que acredita estar apenas oito ou nove pontos percentuais atrás de Lula, e não 19 pontos: "Basta virar quatro ou cinco por cento dos votos".
Ele culpou Lula pela crise na segurança, afirmando que este é um problema nacional: "Se é um problema do país, é um problema do presidente". Disse que falta policiamento de fronteira: "É preciso combater o tráfico de drogas. Vou colocar o Exército, Marinha e Aeronáutica e Polícia Federal para reforçar o policiamento de fronteira e combater o tráfico de drogas".
Ele disse que nossa lei é muito dura para os criminosos leves e muito branda para os líderes do crime organizado. Na seqüência, ele criticou os criminosos de colarinho branco e afirmou que, 33 dias depois, ninguém diz de onde veio o dinheiro que os petistas usariam para comprar o dossiê contra os tucanos: "O presidente Lula e o PT devem satisfação à nação. Porque eles sabem de onde veio, mas não falam, porque a verdade deve ser pior ainda do que eles estão escondendo".
Ele enfatizou que a questão ética não é secundária, mas um problema substantivo, porque envolve os princípios: "O que está acontecendo no Brasil não é normal. Não é normal. A gente acaba perdendo um pouco da capacidade de se indignar. O mensalão é coisa gravíssima. É o Executivo comprar o Legislativo, subjugar um outro poder".


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