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Foco
Gabeira é alvo de protesto em campanha pelas ruas de regiões pobres do Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Em campanha na zona oeste ao lado da vereadora que
ele chamou de "analfabeta
política" e dona de "visão suburbana", o candidato a prefeito do Rio Fernando Gabeira (PV) testemunhou ontem
de manhã as dificuldades de
sua campanha em regiões pobres do Rio.
"Não gostei que na TV você
chamou a gente de povinho",
disse a Gabeira uma mulher
que se identificou Kátia Regina, dona-de-casa.
Ela protestou contra as
afirmações do candidato a
respeito da vereadora Lucinha (PSDB), a mais votada da
cidade, que ontem o acompanhou. Ao ouvir a reclamação,
Lucinha afastou Gabeira.
O episódio ocorreu em uma
comunidade pobre do bairro
de Santa Cruz. Logo depois,
ao discursar, Gabeira ouviu
da sucateira Maria de Lurdes
Santos: "É ruim, hein! Promete, mas não faz!". Ele reagiu: "Eu sou o candidato que
não promete!".
Em outra localidade do
bairro, mulheres gritaram:
"Fora, Gabeira!", em frente a
um bar. Adiante, a dona-de-casa Ana Carla Rocha indagou se o candidato propõe a
"liberação da maconha". Ele
negou e esclareceu: é contra
que os usuários sejam presos.
Discursando no conjunto
habitacional João 23, em
Santa Cruz, Gabeira cometeu
um ato falho: "O prefeito não
vai morar apenas no Rio. Ele
vai ter um gabinete de trabalho aqui [zona oeste]".
Houve gritos a favor de
Eduardo Paes (PMDB), mas
no geral Gabeira foi bem recebido nas áreas em que Lucinha tem bases fortes. Ela já
havia desculpado as declarações de Gabeira.
Pesquisa Datafolha publicada ontem confirma as resistências a Gabeira entre os pobres. Nesse estrato, Paes lidera. Entre os eleitores mais ricos, Gabeira está em primeiro. No geral, há empate técnico: o candidato do PV tem
44%; o do PMDB, 42%.
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