São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2008

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Câmara ficará mais rica com novos eleitos

DA REPORTAGEM LOCAL

A chegada dos novos 16 vereadores eleitos mudará o perfil socioeconômico da Câmara Municipal de São Paulo. Levantamento da Folha, com base em dados oficiais, revela crescimento significativo da média patrimonial dos parlamentares, dos atuais R$ 700 mil para acima de R$ 960 mil. O nível educacional também sofrerá mudanças, com leve melhora na qualificação.
O total de bens declarados dos 55 vereadores sobe de R$ 38,5 milhões para R$ 53 milhões, uma variação 37,6%. Esse aumento é capitaneado por cinco vereadores: o economista Marcos Cintra (PR), com R$ 9,2 milhões; o educador Gabriel Chalita (PSDB), com R$ 7 milhões; além do diretor do São Paulo Futebol Clube Marco Aurélio Cunha (DEM) e o cantor Netinho de Paula (PC do B), cada um com R$ 1,3 milhão.
Desses, só Netinho não tem ensino superior completo. "Acho bom que se consiga representar a realidade em toda sua diversidade e riqueza de panoramas e classes", diz Cintra, 63, vice-presidente da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A base da pirâmide se ampliou, com a entrada de cinco vereadores com patrimônio abaixo de R$ 100 mil. Desses, se destacam a líder comunitária Juliana Cardoso (PT), que diz não ter bens, e o cantor Marcelo Aguiar (PSC), que declarou R$ 1.020.
Para a cientista política Maria do Socorro Braga, a Câmara Municipal "ficará mais plural, contemplando diferentes segmentos da sociedade". (CDS)


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