São Paulo, domingo, 19 de novembro de 2006

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No Rio, Lula celebra aliança com Cabral

Presidente e governador eleito se reúnem para lançar campanha de combate à dengue; Rosinha e Cesar Maia não comparecem

Decreto de petista pôs fim a intervenção federal nos hospitais da capital; agenda no Estado foi alterada por causa do velório de senador

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a campanha nacional de mobilização contra a dengue no Rio para explicitar sua aliança com o governador eleito Sérgio Cabral (PMDB). Segundo Lula, as condições estão colocadas para que os governos federal e do Rio tenham um entendimento inédito.
"Precisamos provar uma vez na vida que é possível a gente ter o governo do Estado do Rio, a prefeitura do Rio de Janeiro e o governo federal trabalhando em harmonia, sem disputa de espaços políticos (...), porque toda vez que nós erramos na política quem paga o pato é o povo", afirmou Lula em discurso, em que lamentou a ausência do prefeito, Cesar Maia (PFL).
A governadora Rosinha Matheus (PMDB), adversária de Lula, não compareceu ao lançamento da campanha, que reuniu crianças e moradores do Morro da Mangueira, no Ciep Nação Mangueirense.
Lula encurtou a agenda de ontem no Rio para comparecer ao velório do senador Ramez Tebet (PMDB), em Mato Grosso do Sul. Em discurso de improviso, o petista disse que outro motivo para lançar a campanha no Rio foi o compromisso para um Pan sem dengue.
Lula assinou decreto de devolução da gestão plena sobre o Sistema Único de Saúde à prefeitura da capital. Em março de 2005, a União decretou estado de calamidade no sistema de saúde do Rio e interveio em seis hospitais do SUS: Lagoa, Miguel Couto. Souza Aguiar, Andaraí, Jacarepaguá e Ipanema.
Ainda no ano passado, o prefeito obteve na Justiça a devolução dos hospitais municipais Miguel Couto e Souza Aguiar, mas continuou só com os recursos destinados à atenção básica de saúde. Os recursos para os procedimentos hospitalares de média e alta complexidade eram entregues ao Estado.
O governo federal comprometeu-se a repassar cerca de R$ 100 milhões anuais para compensar a capital pelo custeio e manutenção de 24 unidades sob gestão municipal.
O Rio tem a terceira maior incidência de casos de dengue do país -29.360 de janeiro a outubro. São Paulo é o primeiro da lista, com 43.407 casos, seguido do Ceará, com 34.513.


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