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No Rio, Lula celebra aliança com Cabral
Presidente e governador eleito se reúnem para lançar campanha de combate à dengue; Rosinha e Cesar Maia não comparecem
Decreto de petista pôs fim
a intervenção federal nos
hospitais da capital; agenda
no Estado foi alterada por
causa do velório de senador
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a campanha
nacional de mobilização contra
a dengue no Rio para explicitar
sua aliança com o governador
eleito Sérgio Cabral (PMDB).
Segundo Lula, as condições estão colocadas para que os governos federal e do Rio tenham
um entendimento inédito.
"Precisamos provar uma vez
na vida que é possível a gente
ter o governo do Estado do Rio,
a prefeitura do Rio de Janeiro e
o governo federal trabalhando
em harmonia, sem disputa de
espaços políticos (...), porque
toda vez que nós erramos na
política quem paga o pato é o
povo", afirmou Lula em discurso, em que lamentou a ausência
do prefeito, Cesar Maia (PFL).
A governadora Rosinha Matheus (PMDB), adversária de
Lula, não compareceu ao lançamento da campanha, que reuniu crianças e moradores do
Morro da Mangueira, no Ciep
Nação Mangueirense.
Lula encurtou a agenda de
ontem no Rio para comparecer
ao velório do senador Ramez
Tebet (PMDB), em Mato Grosso do Sul. Em discurso de improviso, o petista disse que outro motivo para lançar a campanha no Rio foi o compromisso para um Pan sem dengue.
Lula assinou decreto de devolução da gestão plena sobre o
Sistema Único de Saúde à prefeitura da capital. Em março de
2005, a União decretou estado
de calamidade no sistema de
saúde do Rio e interveio em seis
hospitais do SUS: Lagoa, Miguel Couto. Souza Aguiar, Andaraí, Jacarepaguá e Ipanema.
Ainda no ano passado, o prefeito obteve na Justiça a devolução dos hospitais municipais
Miguel Couto e Souza Aguiar,
mas continuou só com os recursos destinados à atenção básica de saúde. Os recursos para
os procedimentos hospitalares
de média e alta complexidade
eram entregues ao Estado.
O governo federal comprometeu-se a repassar cerca de
R$ 100 milhões anuais para
compensar a capital pelo custeio e manutenção de 24 unidades sob gestão municipal.
O Rio tem a terceira maior
incidência de casos de dengue
do país -29.360 de janeiro a
outubro. São Paulo é o primeiro
da lista, com 43.407 casos, seguido do Ceará, com 34.513.
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