DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, prometeu para o ano que vem a recuperação da economia: "2004 vai marcar o início de uma série histórica de crescimento no Brasil". "Pode cobrar", disse, dirigindo-se a jornalistas.
O presidente do BC chamou de "excelente" o resultado do governo Lula no primeiro ano. "As condições para a retomada do crescimento já estão dadas."
Meirelles defendeu a política econômica, dizendo que medidas como a alta dos juros eram necessárias para superar a crise vivida desde o final de 2002.
"No momento em que a economia estava vivendo uma crise daquela dimensão e daquela magnitude, foi o Banco Central, junto com outras esferas do governo, que teve que adotar medidas difíceis", disse. Nos dois primeiros meses de mandato do presidente Lula, o BC elevou os juros de 25% ao ano para 26,5%.
A justificativa apresentada foi a necessidade de conter a inflação. Os juros só começaram a ser reduzidos em junho. Anteontem, o BC fixou a taxa em 16,5% ao ano. Além disso, o governo fez um forte aperto fiscal, em que a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública deve chegar a 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto).
Já o crescimento da economia, que em janeiro era estimada em 2,8% pelo BC, deve ficar próximo de zero. "Foram adotadas medidas certas, no momento certo e na dose certa. Hoje os resultados estão aparecendo, também na dose certa."
As declarações foram dadas no lançamento de uma moeda comemorativa ao centenário de nascimento do pintor Cândido Portinari (1903-1962), na sede do BC, em Brasília.


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