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Maluf e familiares afirmam que nunca tiveram contas no exterior
DA REPORTAGEM LOCAL
Adilson Laranjeira, assessor
de Paulo Maluf (PP), afirmou
ontem, por meio de nota, que o
ex-prefeito e seus familiares
não têm nem nunca tiveram
contas no exterior.
"Paulo Maluf e seus familiares não têm nem nunca tiveram
contas no exterior. Quanto à
operação financeira que envolve a Eucatex, realizada por investidores estrangeiros através
do Deutsche Bank, ela é perfeitamente legal, tanto que foi
aprovada pelo Banco Central e
pela Comissão de Valores Mobiliários", afirmou Laranjeira.
Questionado sobre novas
contas atribuídas aos Maluf e
aos demais denunciados, o assessor afirmou que a resposta
estava na nota.
Sobre o documento atribuído
a Maluf, Laranjeira afirmou
que já ficou comprovado por
meio de laudo que a letra não
pertence ao ex-prefeito.
Os advogados de Maluf e o do
casal Haber informaram ontem que irão se manifestar após
terem acesso à denúncia.
Histórico
A primeira reportagem sobre
contas da família Maluf no exterior foi publicada pela Folha,
em junho de 2001. À época, foi
relatado que autoridades da
ilha de Jersey estranhavam a
movimentação das contas.
Desde então, Maluf tem negado de forma veemente possuir contas fora do país.
Em 2002 ele foi candidato ao
governo de São Paulo e, em
2004, disputou a prefeitura.
Perdeu as eleições e atribuiu os
documentos a uma perseguição política.
Em fevereiro de 2002, a Folha publicou reportagem mostrando que investidores estrangeiros do Deutsche Bank
da ilha de Jersey passaram a investir em ações da Eucatex. À
época, o Ministério Público já
falava em retorno do dinheiro.
O ex-prefeito afirmou e continua afirmando que a operação foi perfeitamente legal, que
sua família não configura entre
os investidores.
No ano passado, Maluf e o filho Flávio passaram 40 dias
presos na carceragem da Polícia Federal.
Por meio de escutas telefônicas, a Justiça entendeu que pai
e filho tentaram intimidar outro acusado que estava colaborando com a investigação sobre
contas ilegais mantidas nos Estados Unidos.
Os dois foram soltos por ordem do Supremo Tribunal Federal, que considerou a medida exagerada.
Com a diplomação, todos os
processos criminais e a atual
denúncia serão remetidos ao
Supremo Tribunal Federal,
que tem competência para julgar parlamentares, e ao procurador-geral Antonio Fernando.
As ações civis que pedem a
restituição do dinheiro aos cofres públicos continuam em
primeira instância.
(LC)
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