São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

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Religioso já quis estudar engenharia

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOBRADINHO

Nascido em Guaratinguetá (SP) no dia de São Francisco, 4 de outubro, o bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio, 61, consolidou sua liderança religiosa entre movimentos sociais há dois anos, ao desafiar o governo pela primeira vez com uma inesperada greve de fome contra a transposição das águas do rio São Francisco.
Até então, o filho caçula de imigrantes italianos era um nome conhecido principalmente entre os ribeirinhos do São Francisco, por onde peregrinou por um ano, entre 1992 e 1993, da nascente à foz, pregando sua fé e defendendo a conservação ambiental.
Cappio foi quase só para a sua primeira greve de fome. Seu jejum era admirado pelas organizações sociais como um ato de protesto e desafio ao poder, e de sacrifício e amor aos pobres, pelos fiéis.
Na recente invasão do canteiro de obras da transposição, em Cabrobó (PE), promovida pelos movimentos sociais em junho, Cappio esteve lá em um momento em que a organização encontrava dificuldades para manter o protesto. Ele discursou contra o governo e depois rezou. Saiu aplaudido.
Formado em economia, apesar de ter desejado ser engenheiro, ele diz desaprovar a quase adoração à sua presença. Costuma dizer aos fiéis que, em vez de olhar para ele, que observem o que está fazendo.


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