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Em cartas, grupo ameaça petistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de Celso Daniel, outros
prefeitos petistas do Estado de
São Paulo foram vítimas de ameaça, de atentado ou de assassinato
em menos de cinco meses.
Petistas afirmam que, no total,
15 prefeituras do partido receberam cartas apócrifas que prometiam "algo grandioso" contra líderes do PT. O deputado e pré-candidato ao governo paulista pelo PT, José Genoino, diz suspeitar
de "algo generalizado e sistemático" contra as lideranças políticas.
Um grupo que se intitula "Farb"
(Frente de Ação Revolucionária
Brasileira) teria assumido a autoria dos crimes. Em cartas apócrifas, o suposto grupo diz ter surgido na Grande São Paulo, em 1998,
disposto a matar "políticos da esquerda que estão se aproximando
de partidos de centro-direita".
Foi por meio de uma carta que o
grupo reivindicou a autoria do assassinato de Antônio da Costa
Santos, o Toninho do PT, prefeito
de Campinas. Ele foi morto a tiros
no dia 10 de setembro. Mais de
quatro meses depois, o caso ainda
não foi esclarecido.
No dia 5 de novembro, o carro
do vereador petista Fausto Figueira de Mello Júnior, de Santos, foi
atingido por quatro disparos.
Seis dias depois, o prefeito de
Ribeirão Corrente, Aírton Luiz
Montagner, teve sua fazenda invadida por encapuzados. Avisado
pelo celular, ele acionou a polícia.
Em 27 de novembro, o prefeito
de Catanduva, Félix Sahão, e o vereador e líder de governo, Marcos
Crippa, receberam cartas assinadas do grupo com ameaças de
morte. Um dia depois, o prefeito
de Embu, Geraldo Cruz, e seu secretário de Governo, Paulo Giannini, tiveram suas casas parcialmente destruídas por bombas de
fabricação caseira.
As prefeituras de Bebedouro,
Franca e Sales de Oliveira também receberam ameaças.
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