São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2002

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Em cartas, grupo ameaça petistas

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de Celso Daniel, outros prefeitos petistas do Estado de São Paulo foram vítimas de ameaça, de atentado ou de assassinato em menos de cinco meses.
Petistas afirmam que, no total, 15 prefeituras do partido receberam cartas apócrifas que prometiam "algo grandioso" contra líderes do PT. O deputado e pré-candidato ao governo paulista pelo PT, José Genoino, diz suspeitar de "algo generalizado e sistemático" contra as lideranças políticas.
Um grupo que se intitula "Farb" (Frente de Ação Revolucionária Brasileira) teria assumido a autoria dos crimes. Em cartas apócrifas, o suposto grupo diz ter surgido na Grande São Paulo, em 1998, disposto a matar "políticos da esquerda que estão se aproximando de partidos de centro-direita".
Foi por meio de uma carta que o grupo reivindicou a autoria do assassinato de Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, prefeito de Campinas. Ele foi morto a tiros no dia 10 de setembro. Mais de quatro meses depois, o caso ainda não foi esclarecido.
No dia 5 de novembro, o carro do vereador petista Fausto Figueira de Mello Júnior, de Santos, foi atingido por quatro disparos.
Seis dias depois, o prefeito de Ribeirão Corrente, Aírton Luiz Montagner, teve sua fazenda invadida por encapuzados. Avisado pelo celular, ele acionou a polícia.
Em 27 de novembro, o prefeito de Catanduva, Félix Sahão, e o vereador e líder de governo, Marcos Crippa, receberam cartas assinadas do grupo com ameaças de morte. Um dia depois, o prefeito de Embu, Geraldo Cruz, e seu secretário de Governo, Paulo Giannini, tiveram suas casas parcialmente destruídas por bombas de fabricação caseira.
As prefeituras de Bebedouro, Franca e Sales de Oliveira também receberam ameaças.



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