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Justiça analisa
queixa-crime
contra Rainha
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PRESIDENTE PRUDENTE
O procurador-geral de Justiça
da Bahia, Aquiles Siquara Filho,
começou a analisar ontem uma
queixa-crime contra José Rainha
Jr., líder do MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra)
no Pontal do Paranapanema (SP).
A ação foi encaminhada ao Ministério Público Estadual pela
Faeb (Federação da Agricultura e
Pecuária da Bahia), que acusa
Rainha de incitar violência e perturbar a paz pública em Itabuna
(BA). Segundo a denúncia, Rainha teria estimulado os sem-terra
a invadir propriedades na região.
"O que Lula não fizer com a caneta, nós vamos fazer com foices e
facões", disse a cerca de 1.200
sem-terra do sul da Bahia, no último dia 9. O discurso foi gravado
por emissoras de rádio e televisão.
O presidente da Faeb, João Martins da Silva Júnior, disse que o
Ministério Público deve investigar as ações de Rainha e do MST
na região de Itabuna. Segundo a
entidade, a fazenda onde foi feito
o discurso é produtiva. Na ação, a
Faeb alega ainda que Rainha está
"incitando a formação de quadrilhas ou bandos para a prática de
crimes contra a paz pública".
O coordenador do MST na Bahia, Valmir Assunção, disse que a
fazenda não é produtiva. "Martins Júnior é um fazendeiro retrógrado, que gosta de perseguir o
nosso movimento", afirmou.
Rainha disse ontem que estuda
deixar o Pontal e ir para a Bahia
-a sugestão havia sido feita por
seu advogado, o deputado federal
Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), pois ele poderia sofrer uma
"gincana de condenações".
(LUIZ FRANCISCO e CRISTIANO MACHADO)
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