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Controvérsias marcam morte de Celso Daniel
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro anos após o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), Ministério Público e Polícia Civil ainda têm opiniões contraditórias
sobre motivação da morte, envolvidos e dinâmica do crime.
Para o delegado Armando de
Oliveira Costa Filho, do DHPP
(Departamento de Homicídio
e de Proteção à Pessoa), primeiro a investigar a morte, Daniel foi vítima de crime comum: seqüestrado ao acaso e
morto após ter a identidade
descoberta. Costa Filho encerrou o inquérito dois meses
após o crime. "Até hoje não
surgiu nada de novo que mudasse aquela investigação."
A pedido da família do prefeito, o Ministério Público de
São Paulo reabriu o caso e acusou o empresário e ex-segurança do prefeito, Sérgio Gomes da
Silva, de ter encomendado o
crime, motivado por desavenças num suposto esquema de
corrupção. A Justiça aceitou a
denúncia e abriu um processo
contra Gomes da Silva.
O empresário estava com Daniel no momento do seqüestro.
Dois dias depois, o corpo do
prefeito foi encontrado numa
estrada de terra com sete tiros,
marcas de queimadura, lesões
causadas por ricocheteamento
de balas e espasmo cadavérico
provocado por grande tensão
nervosa que precedeu a morte.
"O delegado sempre atuou
como testemunha de defesa de
Gomes da Silva, o que ele efetivamente é", disse o promotor
Roberto Wider Filho -Costa
Filho foi arrolado como testemunha de defesa do empresário. O delegado apontou o menor L.S.N. como o autor dos
disparos. Para a Promotoria, a
história de L.S.N. é incompatível com perícia feita no corpo.
A delegada Elisabete Sato foi
designada para continuar a investigação pela Polícia Civil. O
inquérito não foi concluído.
Caso Toninho
Dois promotores de Campinas que investigam a morte do
então prefeito Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT,
disseram ontem à CPI dos Bingos não haver indícios de que a
morte foi encomendada. A hipótese, porém, não foi totalmente descartada.
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