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CASO JERSEY
Ex-prefeito nega ter conta
Escritório de procurador é contratado por Maluf
ROBERTO COSSO
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-prefeito paulistano Paulo
Maluf (PPB) contratou o escritório de advocacia do procurador-geral de Jersey, William Bailhache, para fazer sua defesa na ilha.
Cabe a Bailhache, que está afastado do escritório, proferir a decisão final sobre o envio dos documentos bancários de Maluf e de
familiares dele ao Brasil.
Maluf sempre negou que tivesse
conta no exterior. Sua assessoria
informou que não iria comentar a
contratação do advogado.
Em Jersey, um paraíso fiscal no
canal da Mancha, não existe carreira de procurador. Os procuradores são eleitos entre advogados militantes, ocupam cargos públicos por períodos determinados e,
depois, voltam à advocacia.
A Folha apurou que o escritório
de Bailhache é especializado em
ações sobre lavagem de dinheiro.
Com o afastamento de William
Bailhache, um irmão dele responde pelo escritório.
Na edição de ontem, a Folha informou que o procurador Cyril
Whelan, de Jersey, proferiu parecer favorável ao envio da documentação bancária ao Ministério da Justiça brasileiro.
A Promotoria de Justiça da Cidadania de São Paulo espera receber as cópias dos documentos de Jersey para mover uma ação de
responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra
Maluf, que deverá ser acusado de
enriquecimento ilícito. As informações bancárias de Maluf poderão permitir ao Ministério Público Federal o ajuizamento de ações
criminais contra o ex-prefeito.
O secretário municipal de Negócios Jurídicos, Luiz Tarcísio
Teixeira Ferreira, pretende viajar
à Europa em março para verificar
a possibilidade de contratar um
advogado para representar a prefeitura no exterior, na tentativa de
pleitear a repatriação do dinheiro.
Em junho de 2001, a Folha revelou que Maluf e familiares dele
têm pelo menos US$ 200 milhões
bloqueados em Jersey.
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