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Deputado diz que será inocentado
DA SUCURSAL DO RIO
O deputado Bispo Rodrigues
(PL-RJ), 47, negou ontem ter ligações com Waldomiro Diniz na
época em que ele presidia a Loterj
(Loteria do Estado do Rio de Janeiro) no governo Garotinho.
Disse, no entanto, que entende a
decisão da Igreja Universal porque "ela vive de credibilidade".
Folha - O senhor se sente injustiçado com a decisão do Conselho de
Bispos da Igreja Universal?
Bispo Rodrigues - Não. Tenho
certeza que, averiguado o caso, serei inocentado e restituído como
bispo. Entendo a posição da igreja
porque ela vive de credibilidade.
Folha - O conselho alega que o
afastamento foi motivado pelo seu
envolvimento no caso Waldomiro.
Como era a sua amizade com ele?
Rodrigues - Nunca fui ao apartamento do Waldomiro, nunca saí
com ele. Eu o conheci no governo
Cristovam Buarque [que governou o Distrito Federal de 95 a 98].
Folha - Mas o sr. indicou a mulher
de Waldomiro, Sandra, para a chefia do seu gabinete em 1999?
Rodrigues - Ele [Waldomiro] me
procurou pedindo emprego para
a mulher dele. Na época, não tinha um chefe-de-gabinete em
Brasília. Soube que a mulher dele
era uma mulher preparada. Eu,
então, a empreguei e não me arrependo porque ela foi uma excelente chefe-de-gabinete.
Folha - O sr. foi responsável pelas
indicações para a diretoria da Loterj nos governos Garotinho e Rosinha Matheus (PMDB)...
Rodrigues - As indicações na Loterj não foram conseqüência da
minha amizade com o Waldomiro. Elas foram indicações do PL.
Folha - O sr. defende que uma CPI
investigue o caso Waldomiro?
Rodrigues - Não vejo necessidade [de uma CPI]. Tudo que a PF
vai investigar, a CPI vai investigar
também. O problema da CPI não
é a investigação, mas o uso político que se faz dela.
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