São Paulo, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004

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Deputado diz que será inocentado

DA SUCURSAL DO RIO

O deputado Bispo Rodrigues (PL-RJ), 47, negou ontem ter ligações com Waldomiro Diniz na época em que ele presidia a Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro) no governo Garotinho. Disse, no entanto, que entende a decisão da Igreja Universal porque "ela vive de credibilidade".
 

Folha - O senhor se sente injustiçado com a decisão do Conselho de Bispos da Igreja Universal?
Bispo Rodrigues -
Não. Tenho certeza que, averiguado o caso, serei inocentado e restituído como bispo. Entendo a posição da igreja porque ela vive de credibilidade.

Folha - O conselho alega que o afastamento foi motivado pelo seu envolvimento no caso Waldomiro. Como era a sua amizade com ele?
Rodrigues -
Nunca fui ao apartamento do Waldomiro, nunca saí com ele. Eu o conheci no governo Cristovam Buarque [que governou o Distrito Federal de 95 a 98].

Folha - Mas o sr. indicou a mulher de Waldomiro, Sandra, para a chefia do seu gabinete em 1999?
Rodrigues -
Ele [Waldomiro] me procurou pedindo emprego para a mulher dele. Na época, não tinha um chefe-de-gabinete em Brasília. Soube que a mulher dele era uma mulher preparada. Eu, então, a empreguei e não me arrependo porque ela foi uma excelente chefe-de-gabinete.

Folha - O sr. foi responsável pelas indicações para a diretoria da Loterj nos governos Garotinho e Rosinha Matheus (PMDB)...
Rodrigues -
As indicações na Loterj não foram conseqüência da minha amizade com o Waldomiro. Elas foram indicações do PL.

Folha - O sr. defende que uma CPI investigue o caso Waldomiro?
Rodrigues -
Não vejo necessidade [de uma CPI]. Tudo que a PF vai investigar, a CPI vai investigar também. O problema da CPI não é a investigação, mas o uso político que se faz dela.


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