JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O Ministério Público do Paraná está investigando a Larami Diversões e Entretenimento, que tem Carlinhos Cachoeira entre seus sócios, por indícios de lavagem de dinheiro, concorrência ilegal e manipulação dos terminais do sistema de videoloteria, que era operado pela empresa no Estado.
O inquérito existe desde outubro de 2001, quando a Larami -criada com a associação do grupo liderado pelo argentino Roberto Sérgio Coppola com a Brazilian Gamig Partners Participação, de Cachoeira - ganhou licitação para a exploração das videoloterias no Estado. Na época, a GTech, que operava o sistema desde 1997 no PR, tentou impugnar a licitação. Outras duas concorrentes foram eliminadas no processo de licitação. A Larami acabou sozinha na concorrência.
A empresa tinha contrato para operar o sistema por cinco anos, mas foi obrigada a parar em abril de 2003, quando, em decreto, o governador Roberto Requião (PMDB) proibiu a exploração de bingos e videoloterias no Estado.
A promotora Izabel Cláudia Guerreiro afirmou que a conclusão da apuração depende dos resultados de uma perícia nos equipamentos de videoloteria, já que há indícios "de manipulação dos terminais, com a suspeita de lavagem de dinheiro". Guerreiro disse ainda que há problemas no registro da Laramis e que a licitação que venceu pode ter sido viciada.
O advogado Willian Esperidião David, da Larami, afirmou que o MP "investiga desde 2001 e até hoje não achou nada". Ele pretende conseguir liminar no Superior Tribunal de Justiça para a volta do serviço de videoloterias no Estado. David disse que quem administrava a Larami no Paraná era o argentino Coppola e que "Carlinhos [Cachoeira] era só um sócio, mas nunca esteve no Estado".


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