São Paulo, quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

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Lula diz que não tem tempo a perder com CPI e defende o uso de cartões

DA ENVIADA A VITÓRIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que não tem tempo a perder com a CPI dos Cartões, mas que o governo pretende fornecer todas as informações solicitadas. Lula defendeu o uso dos cartões corporativos como instrumento de mais transparência nos gastos. "A CPI vai prestar um serviço à nação porque vai aperfeiçoar o sistema de gastos do governo", disse.
Segundo o presidente, o papel do Congresso é legislar e fazer a CPI, e o do governo, trabalhar. "Eu confesso a vocês que não tenho tempo a perder com CPI. Nós iremos fazer tudo o que for possível para contribuir com as informações, mas nesse momento não quero jogar fora e não quero perder a oportunidade do bom momento que o Brasil vive. (...) Enquanto as pessoas discutem lá em Brasília, enquanto as pessoas fazem investigação, meu papel vai ser viajar pelo Brasil", disse.
Lula participou ontem da cerimônia de início da obra de duplicação de um trecho do contorno de Vitória, com investimentos de R$ 51,4 milhões do governo federal. A obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Além disso, foi assinada uma ordem de serviço para a implantação do sistema de esgoto sanitário de Santo Antônio e bairros adjacentes, no âmbito do programa Saneamento para Todos.
O presidente afirmou em discurso no Palácio Anchieta, com a presença do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), que não faz distinção entre partidos para as obras do PAC e citou um montante de cerca de R$ 8 bilhões para o governo de São Paulo, administrado por José Serra (PSDB).
"O maquiavelismo político atrapalha muito o desenvolvimento de um Estado ou de uma cidade", disse o presidente.
Hartung citou o resultado da última pesquisa CNT/Sensus que mostrou uma avaliação positiva do governo de 52,7%. "O senhor é uma força da natureza. O senhor deu conta do recado", disse.
Sem mencionar diretamente a pesquisa, Lula disse que antes do seu governo, a Presidência era um cargo para "a elite". Ele enfatizou que é preciso investir mais em distribuição de renda.


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