São Paulo, sexta-feira, 20 de março de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

O custo Brasil

economist.com
No gráfico "O Custo Brasil", a "Economist" compara o "spread" dos bancos no Brasil e, todo bem abaixo, nos Estados Unidos, China, Índia e Rússia

O Banco Central encabeçou as notícias de Brasil no Yahoo News, ao indicar novo corte de juros.
Para a "Economist", é "uma novidade bem-vinda: no passado, a moeda frágil e a inflação impediam tais medidas anticíclicas". Acrescenta: "Mas os cortes na taxa não está sendo passados aos tomadores", o que abriu a discussão sobre "spread", a diferença entre o que os bancos pagam e cobram pelo dinheiro. O Iedi, "um grupo de lobby", diz que o Brasil "tem os maiores ‘spreads’ do mundo". E o próprio Banco Central diz que a maior parte do "spread" é lucro. Por outro lado, nota a revista, "os bancos brasileiros podem ser caros, mas pelo menos estão salvos".

A NOVA ORDEM MUNDIAL
Os Músculos Chineses
Na manchete da "Economist", "Como a China vê o mundo". A ilustração parodia capa clássica da "New Yorker", com vista de Nova York. Da China, a visão se concentra na própria China, com Wall Street como um buraco, depois do oceano, e com a América do Sul como um monte para exploração mineral. Em texto paralelo, a revista observa como, mesmo com a crise, "as pessoas precisam comer". E registra os relatos chineses sobre compra de terras no Brasil.

DEPOIS DE GAZA
Mohammed Abed/nytimes.com
Civis fogem de ataque, em Gaza

Ontem o "New York Times" deu em destaque a reportagem "Após Gaza, Israel encara isolamento". Disse ser "sua pior crise diplomática" e que já avança sobre as relações com os judeus americanos. Na edição de hoje, adiantada ontem, relatos de soldados sobre a mortandade. Por outro lado, o "Jerusalem Post" deu artigo de Rupert Murdoch, "publisher" do "Wall Street Journal", em que ele se proclama israelense e afirma que "o Ocidente se levanta ou cai junto com Israel".

INCONSCIÊNCIA
Continua a reação à Igreja Católica, pela condenação do aborto da menina de 9 anos. O francês "Le Monde", ontem de novo, se mostrou chocado com "a consciência tranquila" de "dom Dedé".

INSENSIBILIDADE
Já a "Economist" juntou Brasil com África, onde o papa atacou a camisinha, para dizer que o catolicismo se perde "onde podia ter futuro". Aqui, não se mostrou "sensível" aos "mais pobres".

EMPACOU, BATEU
O blog Canal 1 postou que "Paraíso" estreou com 25 pontos e já caiu para 22. Para a coluna Ooops, "não têm mais como justificar, as novelas da Globo empacaram". No blog Radar, por outro lado, "a novela ‘Chamas da Vida’ levou a Record ao primeiro lugar no Rio". Com 22 pontos, "bateu a Globo", que exibia "BBB" e um filme.

PIADA
newswrecker.com
Entrevistado ao vivo na NBC, o comediante Stephen Colbert foi questionado se ele também já "twita" em introdução a uma reportagem sobre a onda Twitter. Ele respondeu que já "twatou", twatted, trocadilho com "twat", palavrão grosseiro.

BOLHA
A "Economist" alerta, aos entusiastas do Facebook e do Twitter, ondas mais recentes, que a "bolha" da web 2.0 está prestes a estourar. YouTube e MySpace ainda conseguiram ser vendidos, mas Twitter e Facebook não podem mais se sustentar e, apesar do "hype", não têm comprador. Internet grátis, avalia a revista, é um modelo inviável.

MARKETING
Por outro lado, o "WSJ" de ontem noticiou que Marcelo Tas, apresentador na Band, "uma versão de Jon Stewart", foi contratado para promover um serviço da Telefônica em seu Twitter. O blog Valley Wag ironiza o "pioneirismo" mundial dos primeiros posts, que descrevem eventos da operadora com expressões como "Adorei!".



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@ - Nelson de Sá



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