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DIREITOS HUMANOS
Bolsonaro ataca d.
Paulo em plenário
da Sucursal de Brasília
O deputado Jair Bolsonaro
(PPB-RJ) chamou o cardeal arcebispo de São Paulo d. Paulo Evaristo Arns de "desocupado", "vagabundo" e "megapicareta" durante discurso no plenário da Câmara.
Procurado pela Folha, d. Paulo
disse que não comentaria as declarações feitas em Brasília pelo deputado Jair Bolsonaro.
Carta
Bolsonaro usou esses adjetivos
ao se referir à carta publicada na
Folha, em sua edição de anteontem, assinada pelo cardeal e por
outras 159 pessoas.
A carta, que critica a nomeação
do general Ricardo Fayad para a
subdiretoria de Saúde do Exército,
afirma que o "presidente da República tem o dever de tomar medidas para impedir a admissão, em
qualquer cargo oficial, de pessoas
que tenham atuado em órgãos de
repressão".
Candidatura
A candidatura de Bolsonaro à
presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara é considerada na carta "infeliz coincidência" com a divulgação da nomeação de Fayad.
A resposta de Bolsonaro foi:
"Existe outro megapicareta chamado d. Paulo Evaristo Arns, que
teve a cara-de-pau de publicar carta aos leitores do jornal Folha de S.
Paulo de ontem (quarta-feira), assinada por mais 155 desocupados
e vagabundos como ele, criticando
minha possível eleição para a presidência da Comissão de Direitos
Humanos".
No discurso, o deputado volta a
dizer que a comissão defende "vagabundos".
"Apela a Fernando Henrique
Cardoso para que tome as providências legais a fim de que eu não
assuma a presidência daquela importante comissão, que defende os
direitos humanos de vagabundos
como ele, d. Paulo Evaristo Arns,
que parece que tem as chaves da
porta do céu. Mas, na verdade, as
chaves que ele tem na cintura são
da porta do inferno".
O deputado Bolsonaro conclui
dizendo que "esse D. Paulo Evaristo Arns deve se recolher a sua insignificância, ao seu trabalho demagogo".
A candidatura de Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, foi
combatida pelas entidades defensoras dos direitos humanos e pelos
partidos de oposição.
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