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PMDB e tucanos tentam pacificar
Estados para viabilizar alianças
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que manteve a verticalização, as cúpulas do
PSDB e do PMDB vão intensificar, na próxima semana, os esforços de pacificação dos dois partidos nos Estados em que são adversários, para minar divergências que podem comprometer a
aliança nacional em torno da pré-candidatura do senador tucano
José Serra (SP) à Presidência.
Hoje, os deputados José Aníbal
(PSDB-SP) e Michel Temer
(PMDB-SP), presidentes dos dois
partidos, se reúnem em São Paulo
para mapear os Estados problemáticos e discutir estratégias de
ação conjunta em cada caso.
O líder do PMDB no Senado,
Renan Calheiros (AL), afirmou
que a cúpula do partido se reúne
na segunda em Brasília. "Temos
de analisar a nova realidade, com
a verticalização. É preciso compatibilizar os interesses estaduais
com a questão nacional", disse.
Segundo ele, o PMDB não pode
indicar o candidato a vice de Serra
antes de resolver divergências estaduais. "A discussão sobre o vice
não está madura. Primeiro, temos
de cuidar da aliança", disse.
"Há dificuldades, mas a aliança
nacional em torno do Serra não
precisa ser repensada. Temos
muito o que fazer. Em alguns Estados, eu vou conversar tanto
com o PSDB quanto com o
PMDB. E o Michel Temer fará o
mesmo", disse Aníbal.
Durante a próxima semana,
Aníbal e Temer voltam a se reunir
em Brasília com outros dirigentes
dos partidos para discutir a situação dos Estados. A necessidade de
os partidos vincularem suas coligações nos Estados às composições feitas para a eleição presidencial vai exigir costura política. Em
vários Estados, aliados nacionais
estão em campos opostos.
É o caso do Ceará, onde o PSDB
lança o senador Lúcio Alcântara
para o governo, contra o senador
Sérgio Machado (PMDB), adversário do ex-governador Tasso Jereissati, candidato ao Senado.
Tasso tem ligações com Ciro Gomes, presidenciável do PPS.
Em Goiás, o governador Marconi Perillo (PSDB) disputa a reeleição com o senador Maguito Vilela
(PMDB) sem acordo. Em Mato
Grosso, o ex-governador Dante
de Oliveira (PSDB), candidato ao
Senado, se recusa a compor com
PMDB, segundo Aníbal.
Na Paraíba, o PSDB disputa o
governo com Cássio Cunha Lima
e o PMDB, provavelmente com o
senador Ney Suassuna -e pode
ainda se coligar com o PFL.
O PFL também discute na próxima semana como fica a situação
nos Estados com a verticalização.
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