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SAIBA MAIS
Índios recebem parte dos lucros dos garimpeiros
DA REPORTAGEM LOCAL
Os índios cinta-larga da terra
indígena Roosevelt (RO) têm
tido participação em lucros na
extração de diamante. Os garimpeiros cooptaram líderes
indígenas, oferecendo dinheiro
para poder explorar a área. Há
caciques hoje com camionetes
Toyota, telefones via satélite e
armas de fogo. Em 2003, os índios começaram a explorar um
garimpo por conta própria.
O atual quadro de acirramento de conflitos começou a ser
desenhado em 1999, quando a
notícia da descoberta de novas
minas de diamantes na terra
indígena correu entre garimpeiros de várias partes do país.
Mas há denúncias de que os
caciques continuam autorizando a entrada de garimpeiros,
desde que paguem pedágio.
Além do diamante, a madeira
também atrai invasores desde a
década de 60, pelo menos. As
riquezas da terra, entre os Estados de Rondônia e Mato Grosso, deram margem a inúmeros
conflitos nas últimas décadas.
Um dos episódios mais graves foi o chamado "Massacre
do Paralelo 11", ocorrido na cabeceira do rio Aripuanã em
1963. Com avião, empregados
de uma empresa seringueira
metralharam e jogaram bombas numa aldeia. O episódio
inspirou um filme de Zelito
Viana -"Avaeté, A Semente
da Vingança" (1985).
Os cinta-larga vivem em quatro terras homologadas pela
União, com uma extensão total
de 2,7 milhões de hectares. Os
primeiros relatos da existência
de índios com as características
dos cinta-larga datam de 1727,
mas é de 1915 o que é considerado o primeiro relato preciso
sobre a tribo.
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